O economista Rodrigo Constantino, presidente do conselho deliberativo do Instituto Liberal e que mantém um blog hospedado no site Gazeta do Povo, afirmou em artigo nesta sexta-feira (8) que as reações de um possível recuo na extinção da TV Brasil ajudarão a melhor identificar os grupos que apoiam o governo Bolsonaro.
Segundo ele, o posicionamento do presidente sobre acabar com a emissora pública, pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), mudou após a eleição. Essa decisão, que seria “equivocada” e contraditória com a promessa de campanha, receberá para Constantuno reações distintas dos grupos independentes (entre os quais, os liberais), os “isentões” (que teriam um perfil mais pragmático) e os “minions” – nome pejorativo aos seguidores “fanáticos” do presidente.
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“A TV Lula também é conhecida como TV Traço, ou seja, não tem audiência. Mantê-la não é perigoso por questões de doutrinação ideológica, já que ninguém assiste o troço. O ponto é outro: serve como instrumento para bancar a militância, que atua em outros canais. Bolsonaro tem militância voluntária, mas como agora é poder, muitos poderão apresentar a fatura, ou trabalhar em dobro se passarem a receber por isso. Se eram chatos nas redes sociais de graça, imagina recebendo uma bolada da estatal?”, disse.
Para Constantino, “a vitória de Bolsonaro representa uma guinada à direita, e ‘despetizar’ o estado é uma meta louvável”.
“Mas não para aparelhar com ‘minions’ em seu lugar! Isso é simplesmente absurdo e inaceitável. Quem aplaude a manutenção da EBC como estatal, e talvez esteja de olho num cargo na TV Brasil, demonstra ser inimigo do Brasil, ao menos de um país republicano, sério e livre”, concluiu.
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