O presidente da Foundation for Economic Education, Lawrence Reed, concedeu entrevista à revista Crusoé nesta sexta-feira (15), republicada no site da instituição, em que abordou o ambiente político da América Latina. Na entrevista, ele mencionou uma série de instituições e movimentos liberais, alguns membros da Rede Liberdade, a que o governo Bolsonaro deveria, em sua opinião, dar ouvidos. [1]
Boa parte da entrevista foi dedicada a comentar a situação da Venezuela de Nicolás Maduro. Reed pontuou que os governos chavistas confiscaram propriedades e colocaram burocratas e generais no controle delas, impondo uma série de regulações e imprimindo bastante papel-moeda, o que o economista austríaco Ludwig von Mises chamou de “caos planejado”. Afirmou também que Maduro segue no poder por controlar armas e recursos, decidir quem se alimenta e ter o apoio de militares que sabem que responderão por seus crimes se a ditadura for derrotada.
Ele também abordou o governo Trump, que considera uma mistura de qualidades e defeitos em matéria de liberalismo e intervencionismo, e o Brexit, garantindo que a falecida premiê britânica Margatet Thatcher estava certa quanto à inviabilidade da União Europeia. Sobre Jair Bolsonaro, Reed afirmou que tem expectativas positivas, mas o que determinará o sucesso de sua administração será a dimensão da redução do estado que conseguir obter.
Ele comentou que o presidente deveria ouvir entidades, instituições e movimentos liberais e libertários que vêm atuando no Brasil, muitos deles vinculados à Rede Liberdade. O motivo para isso seria que as mudanças políticas precisam ser acompanhas por uma mudança cultural e esses grupos – e outros que Lawrence Reed não nomeia – estariam fazendo “um grande trabalho para educar para a liberdade”.
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As instituições e grupos mencionados
Reed recomendou a Bolsonaro que desse ouvidos ao Instituto Mises Brasil e ao Objetivismo Brasil em São Paulo; aos Institutos de Formação de Líderes nas diversas cidades; ao Instituto Liberal, ao Livres e o Instituto Millenium, no Rio de Janeiro; ao Instituto Atlantos, o Instituto de Estudos Empresariais e o Instituto Liberdade em Porto Alegre; ao Clube Farroupilha em Santa Maria; ao Líderes do Amanhã e o Grupo Domingos Martins em Vitória; ao Instituto Liberdade e Justiça em Goiânia; ao Grupo de Estudos Dragão do Mar em Fortaleza; ao Instituto Antônio Lacerda em Salvador; e ao Centro de Liberdade Econômica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, também em São Paulo.
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