Depois de ser um dos primeiros países a reconhecer a legitimidade de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, o governo brasileiro aumentou o tom e chamou Maduro, em nota divulgada neste domingo (24), de “ditador” e no comando de um regime “ilegítimo” e com “caráter criminoso”. [1]
O motivo da nota, divulgada no início da madrugada, era dar uma resposta aos atos de violência ocorridos no país vizinho, alguns deles próximos à fronteira brasileira.
No texto, o Ministério das Relações Exteriores afirma que o “uso da força contra o povo venezuelano caracteriza o caráter criminoso do regime Maduro”.
“Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum direito internacional remotamente justifica”, diz o texto.
Confira a nota na íntegra:
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“O Governo do Brasil expressa sua condenação mais veemente aos atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro, no dia 23 de fevereiro, nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, que causaram várias vítimas fatais e dezenas de feridos. O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro. Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum princípio do direito internacional remotamente justifica e diante do qual nenhuma nação pode calar-se.
O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o Presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo que cesse a violência das forças do regime contra sua própria população.”
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