O PSOL divulgou na noite deste sábado (24) uma nota em favor da “soberania” da Venezuela, sob o regime de Maduro, e de conclamação às “organizações de esquerda e movimentos sociais” para auxiliarem o país a resistir ao “golpe imperialista”. [1]
O partido afirmou que o governo brasileiro tem feito “provocações” na fronteira da Venezuela e que é contrário à interferência do governo Bolsonaro no assunto.
O texto diz ainda que a legenda se põe contra a “qualquer ingerência externa nos assuntos da Venezuela”, com citações diretas aos Estados Unidos “e seus sócios”.
[wp_ad_camp_1]
“O verdadeiro interesse dos EUA em consonância com a oposição de direita é se apropriar das riquezas da Venezuela e restaurar o neoliberalismo no país, impondo uma dura derrota, sangrenta se necessária, à luta do povo venezuelano que insiste em decidir seu próprio destino”, afirma a nota, com sua narrativa política sobre os acontecimentos no país vizinho.
O PSOL questionou ainda o caráter humanitário das ações feitas por estrangeiros no país e afirmou que Brasil e a Colômbia atuam como “fantoches” do governo americano, que estaria interessado nas ricas reservas de petróleo venezuelanas.
A nota do partido, que guarda consigo o lema “socialismo e liberdade”, não citou episódios de autoritarismo e supressão de liberdades civis, entre as quais de manifestações, do governo Nicolás Maduro contra seus próprios cidadãos e opositores políticos.
Reações
O movimento suprapartidário de viés liberal “Livres” criticou a nota do PSOL. Segundo o movimento, “no século 21, o socialismo segue sendo, na prática, o que sempre foi: morte, tortura e insanidade”. [2]
“Democratas sinceros têm o dever cívico de repudiar essa asquerosa defesa que PT e PSOL fazem da ditadura Maduro, que tortura e mata. Cúmplices da exploração da miséria dos nossos irmãos venezuelanos, esses partidos estão cuspindo nos valores sagrados de liberdade e democracia”, afirmou o Livres.
Quem também se manifestou sobre o assunto foi o Movimento Brasil Livre (MBL). A agremiação afirmou que o PSOL mostrou “novamente que tipo de ‘liberdade’ defende: a dos ditadores e cleptocratas”. [3]
O MBL também publicou uma arte em suas redes sociais com fotos dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Gleise Hoffmann e Fernando Haddad. “Traidores: o Brasil não pode esquecer jamais que eles apoiaram e financiaram o massacre do povo venezuelano”. [4]
[wp_ad_camp_3]