Em visita oficial à Israel, o presidente Jair Bolsonaro anunciou neste domingo (31) que o Brasil construirá um escritório de negócios em Jerusalém. A medida vem após grande expectativa criada em torno da mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para a capital de Israel. [1]
Em resposta, o primeiro ministro Benjamin Netanyahu disse que “espera, quem sabe, um dia chegue a Embaixada do Brasil”. Em dezembro, quando Netanyahu esteve no Brasil, revelou que Bolsonaro havia prometido a mudança da embaixada. O próprio presidente garantiu isso, em novembro, em entrevista a jornais israelenses.
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Dentro do governo, no entanto, forças se chocam quanto a medida. De um lado, influências ideológicas, especialmente da bancada evangélica, pressionam o presidente pela mudança.
Já a ala dos militares, capitaneada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, prefere um olhar pragmático sobre os benefícios e os riscos da mudança da embaixada. Entre as preocupações, represálias de países árabes, grandes parceiros comerciais do Brasil.
A criação de um escritório de negócios em Jerusalém, contudo, não é uma notícia ruim para os que defendem a mudança da embaixada. Ao criar a estrutura de um prédio próprio em Jerusalém, a mudança dependerá agora apenas de uma canetada que pode vir a qualquer hora.
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