
O vídeo divulgado pela conta oficial do Planalto através do WhatsApp exaltando o golpe de 64 chamou a atenção do deputado que lidera a oposição ao governo. Alessandro Molon, do PSB do Rio de Janeiro, decidiu abrir uma representação junto ao Ministério Público para pedir que o presidente Jair Bolsonaro seja processado por improbidade administrativa. [1] [2] [3]
Molon quer que o presidente seja obrigado a responder a perguntas que geraram grande questionamento nos dias de circulação do vídeo, como quem pagou a produção, se foi concebida dentro do Planalto e se houve participação de funcionários e agentes públicos. No mesmo dia, no entanto, um empresário paulista, Osmar Stabile, que já foi candidato à presidência do Sport Club Corinthians Paulista e se declara eleitor de Bolsonaro, se manifestou assumindo a responsabilidade total pela feitura do vídeo.
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No texto que Molon entregou à procuradora federal dos Direitos do Cidadão no MPF, Deborah Duprat, ele sustenta que “o governo do sr. Jair Bolsonaro está a ruir as fundações do Estado e a própria Constituição”. Afirma ainda que o vídeo “viola a própria essência da Constituição de 1988, promulgada como reação ao fim de um regime antidemocrático, autoritário, violento e de graves violações aos direitos humanos”. Molon ainda reivindica um direito de resposta em reação ao vídeo.
Sem exibir qualquer marca do governo ou de qualquer instituição pública, o vídeo é apresentado por um narrador profissional, que veio à público revelar que foi contratado para o trabalho. Ele discursa que “o Exército nos salvou” em 31 de março de 1964 e, ao final, uma segunda voz diz que “o Exército não quer palmas, nem homenagens. O Exército apenas cumpriu o seu papel”.
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