O nome de Rubinho Nunes tem figurado cada vez mais nos vídeos do Movimento Brasil Livre: advogado do movimento, ele aparece para trazer comentários conjunturais, geralmente pela perspectiva do direito. Avaliando o quadro político nesta terça-feira (17), ele disse que os caminhoneiros estão sendo colocados na posição de “MST de luxo” do presidente Jair Bolsonaro.
Lembrando que Bolsonaro apoiou inicialmente a greve dos caminhoneiros que impôs sérias dificuldades ao país entre maio e junho do ano passado, Nunes afirmou que o governo “parece não saber lidar com a categoria”.
[wp_ad_camp_1]
Crítico do pedido de Bolsonaro de uma suspensão temporária do aumento do preço do diesel à Petrobras alegando não querer suscitar uma greve dos caminhoneiros, Nunes disse que os caminhoneiros “não estavam nem sabendo do aumento e não haviam sequer ventilado a possibilidade de uma paralisação”. Antecipando-se a isso, o presidente, na sua avaliação, se mostrou “frágil e manipulável” e, ao contrário do esperado, estimulou os caminhoneiros a agir.
“Jair Bolsonaro trouxe para dentro do governo um risco de greve muito grande”, sustentou Rubinho, invertendo o argumento dos defensores da atitude do presidente. “É um MST de luxo, porque (…) os caminhoneiros são um grupo organizado, são pessoas que têm recursos, veículos, casas, por mais que tenham ou não uma vida sofrida, essas pessoas têm recursos. Não é qualquer 30 mil reais via crédito de financiamento que vai conter essa massa”, ele disse, justificando que trabalhar “junto com os caminhoneiros” grevistas seria “fomentar um MST dentro do governo”.
A visão de Kim Kataguiri
A abordagem de Rubinho Nunes sobre a atitude do presidente de paralisar o ajuste de preços supostamente por receio dos caminhoneiros tem semelhanças com a visão do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), ícone do MBL. Para ele, a medida de Bolsonaro apenas “busca estancar a queda na popularidade do presidente” e “não há nenhuma grande mobilização que indique greve”. [1]
[wp_ad_camp_3]