O jurista Modesto Carvalhos tem sido destaque por suas críticas duras à conduta do Supremo Tribunal Federal e seu ativismo anticorrupção. Nesta quarta-feira (17), ele concedeu uma entrevista à Jovem Pan em que abordou a censura imposta pelo STF à revista Crusoé e os desdobramentos do inquérito aberto pelo ministro Dias Toffoli para apurar supostos ataques à Suprema Corte.
Sem meias palavras, Carvalhosa afirmou que o presidente do STF e o relator da investigação, Alexandre de Moraes, estão praticando “terrorismo contra a população brasileira” e os acusou de cometerem crimes comuns, previstos no Código Penal. Um desses crimes seria o constrangimento ilegal à cidadania, cometendo “violências”, “invadindo domicílios”, “fazendo censura” e “aplicando multas violentas, bárbaras e irrazoáveis”.
Carvalhosa, replicando os argumentos da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apontou a incoerência de as próprias supostas vítimas, os ministros do STF, julgarem supostas infrações cometidas contra elas. O jurista defendeu ainda que os demais ministros determinem “imediatamente” o afastamento dos dois colegas mediante um processo administrativo interno.
“O presidente do STF deve ter muito medo das revelações que a Lava Jato vai fazer sobre ele”, disse Carvalhosa provocativamente. Segundo o jurista, o processo de impeachment que pode ser aberto no Senado aborda apenas crimes de responsabilidade, sendo que o que os ministros fizeram foi mais grave.
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