A Petrobras decidiu nesta quarta-feira (17) rever a suspensão do reajuste do diesel, aumentando em 4,84% o preço médio do combustível. O reajuste representará um aumento médio de R$ 0,10 por litro. O novo valor já entra em vigor a partir desta sexta-feira (19).
O reajuste é abaixo dos 5,7% que foram anunciados na semana passada e depois cancelados diante do questionamento do presidente Jair Bolsonaro sobre os riscos da greve dos caminhoneiros.
A suspensão do reajuste do diesel havia repercutido negativamente no mercado financeiro, derrubando o preço das ações da Petrobras nos últimos dias.
Em entrevista coletiva, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, negou que tenha sofrido interferências de Bolsonaro, na semana passada, tendo sido apenas “alertado sobre os riscos de greve”.
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O executivo também afirmou que o menor valor reajustado em relação ao anúncio de semana passada se deve a queda do custo dos “fretes marítimos “.
Castello Branco afirmou também que a queda do valor da Petrobras não tem a ver com o questionamento de Bolsonaro. O presidente da estatal afirmou que a empresa realiza operações de “hedge” (operações de proteção), o que evita perdas, e que a empresa continuará a observar “rigorosamente” a manutenção de preços alinhados com a paridade internacional.
O presidente da Petrobras, indicado por Guedes, ainda lembrou que o governo sinalizou positivamente o processo de venda de metade das refinarias da Petrobras, programadas para venda em meados do ano.
“A venda de refinarias mostrará a todos que o Brasil terá mercado de competição e que a Petrobras não sofre influência externa em suas decisões. Até agora não há razões para desacreditar as afirmações do presidente Bolsonaro. Confio muito nele”, disse.
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