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A ilusão da visibilidade

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POR JACKSON VASCONCELLOS

A internet criou a ilusão da visibilidade e faz com que quem esteja nas mídias sociais se ache visível no mundo todo o tempo inteiro. Isso é uma praga para quem precisa ser visível para conquistar sucesso na carreira. Os políticos que andam por aí que o digam.

A visibilidade ampla na internet depende de vários motivos, um deles, a decisão dos canais de comercializar os espaços. O grau de visibilidade passou a estar diretamente relacionado ao patrocínio que, no ambiente, recebeu o nome de impulsionamento; mas não só a ele, porque os conteúdos conectados com o interesse da audiência fazem o milagre da multiplicação com inversão do sinal da conta. Em lugar de pagar pelo patrocínio, o produtor dos conteúdos de grande interesse recebe por eles.

Para postar o que tem interesse limitado ou interesse nenhum e conseguir ampla visibilidade, mesmo de curtíssimo tempo, é preciso pagar para levar a mensagem até os que, de forma espontânea, não iriam à busca dela.

Entretanto, quando o projeto está no campo da política – essencial rede de relacionamentos – a visibilidade não é suficiente se não fidelizar. Para produzirem decisão, escolhas, as mensagens precisam viralizar e criar adeptos, não só para gerar compartilhamentos, mas para produzir decisões.

Assim aconteceu com a campanha do presidente Jair Bolsonaro. A internet deu a ele visibilidade, porque o conteúdo agradou a ponto de criar adeptos, gente que usou os conteúdos produzidos pelo candidato para decidir o voto. O conteúdo impulsionou a mensagem que, em cadeia, fidelizou e produziu a imagem de um candidato, criou identidade.

Assim aconteceu com a campanha do presidente Jair Bolsonaro. A internet deu a ele visibilidade, porque o conteúdo agradou a ponto de criar adeptos, gente que usou os conteúdos produzidos pelo candidato para decidir o voto.

No governo, o fenômeno permanece, mas começa a produzir resultados com o sinal trocado no conceito da imagem.

Os comunicadores do governo federal precisam agir rápido para que os conteúdos gerados pelo governo, muitos deles negativos e produzidos pelos filhos do presidente, recebam a companhia de outros tantos, como fatos positivos e fortes o suficiente para conter as ameaças ao sucesso do projeto do Presidente de fazer do Brasil um país melhor.

*Jackson Vasconcellos atualmente é consultor político.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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