Além de discursar em rede nacional afirmando que as “dificuldades iniciais” de seu governo são naturais e serão superadas, Bolsonaro fez nesta quinta-feira (01) mais um gesto de prestígio às diversas alas de sua base de apoio. Ele condecorou ao mesmo tempo figuras de diferentes setores, inclusive desafetos. [1]
Os nomes mais notórios são os do vice-presidente Hamilton Mourão e o filósofo Olavo de Carvalho, que trocaram críticas relativamente duras nos últimos tempos. O filósofo, visto como “guru” de Bolsonaro, tem atacado os militares, acusando-os de afagar a imprensa e prejudicar o governo. No mês passado, Mourão, um dos principais alvos dos ataques de Olavo, disse que ele deveria se ater à função de “astrólogo” e o porta-voz da presidência leu uma nota afirmando que as declarações do escritor e filósofo “não contribuem” para os esforços do governo”.
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No entanto, ambos receberam, junto a 33 outras personalidades, entre militares e políticos, o grau máximo da Ordem Nacional de Rio Branco, comenda destinada a personalidades que tenham, na visão do presidente, se tornado merecedoras “pelos seus serviços ou méritos excepcionais”. Além de Olavo e Mourão, também o Ministro da Economia Paulo Guedes, representando os economistas liberais, e o ex-juiz e Ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, representando os chamados “lavajatistas”, receberam a comenda.
Entre os políticos agraciados, estão dois filhos do presidente, o senador Flavio Bolsonaro (PSL/RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP). O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), atuante na campanha do pai e no cotidiano do governo e que esteve envolvido nos atritos com o vice-presidente da República, ficou de fora da lista, que inclui ainda o líder do Partido Novo na Câmara, Marcel van Hattem (RS), além de diversos outros ministros e governadores de estados que se comprometeram em apoiar a reforma previdenciária.
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