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OCDE: EUA não pedem entrada do Brasil e assessor de JB diz que ‘nada mudou’

Em reunião realizada na última terça-feira (7), Estados Unidos não requereu o ingresso do Brasil na organização, conforme era a expectativa; atualmente, EUA apoia apenas formalmente ingresso do Brasil
(Foto: Isac Nóbrega/PR )

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Presidente Jair Bolsonaro e Presidente Donald Trump (Foto: Isac Nóbrega/PR )

Os Estados Unidos não se posicionaram favoráveis à entrada de novos países na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) na reunião do Conselho de Representantes realizada na última terça-feira (7). O declarado apoio norte-americano ao ingresso do Brasil havia sido a principal vitória da visita de Jair Bolsonaro a Donald Trump, em março.

Segundo o jornal Valor Econômico, havia a expectativa nos meios diplomáticos para que viessem menções ao ingresso do Brasil por parte dos americanos. De acordo com a publicação, no entanto, a delegação norte-americana teria afirmado não ter recebido instruções para defender a adesão de novos membros à organização no contexto atual, apenas em sua eventual “modernização”. [1]

Oficialmente, até agora, os Estados Unidos mantém formalizado apenas o apoio ao ingresso da Argentina no grupo. Para que isso ocorra, a União Europeia deve indicar também um país para ser incluído – que deve ser a Romênia. Como uma nova reunião da OCDE deve ocorrer no final de maio, é possível que haja uma nova posição sobre o assunto.

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Para obter o apoio norte-americano para integrar-se ao grupo, o Brasil fez uma jogada ousada. Guedes aceitou uma antiga demanda dos Estados Unidos e prometeu não mais utilizar de prerrogativas de país em desenvolvimento nas negociações ocorridas na Organização Mundial do Comércio (OMC). Também nesta semana, contudo, o Brasil explicou que não pretende renunciar vantagens passadas, tampouco mudará o status do país, mantendo a posição apenas para o futuro.

Aval americano segue mantido, diz assessor

Assessor especial do presidente Jair Bolsonaro para assuntos internacionais, Filipe G. Martins manifestou-se sobre a reunião nas redes sociais. Para ele, a posição dos governo norte-americano “é exatamente a mesma”: “apoio claro e inequívoco ao início do processo de ingresso do nosso país na organização”. [2]

“Se a mídia brasileira se informasse melhor, saberia que há um impasse sobre o número de vagas a serem abertas na organização, decisão que demandará consenso: enquanto países europeus desejam abrir seis vagas, outros desejam abrir apenas quatro, mas todos apoiam o acesso do Brasil”, afirmou. [3]

No início da noite desta quarta-feira (8), Martins repercutiu ainda uma declaração da secretária-adjunta de Estado norte-americana, Kimberley Breier. “Ela reitera a posição dos Estados Unidos de apoio ao ingresso do Brasil como membro-pleno da OCDE, relembrando os termos da declaração conjunta do presidente Trump e do presidente Bolsonaro”. [4]

A mesma mensagem também foi repercutida nas redes sociais pelo perfil oficial da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, que a traduziu para os seguidores: “Conforme declaração conjunta do Presidente dos Estados Unidos e de Jair Bolsonaro, acolhemos do Brasil as reformas econômicas, melhores práticas e uma estrutura regulatória conforme os padrões da OCDE”, publicou. [5]

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