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Olavo acusa ministro de ‘tráfico de influência’, explica confusão com general Villas Bôas e revela suposta armadilha

Segundo Olavo de Carvalho, o ex-comandante do Exército Brasileiro, general Villas Bôas, teria tecido críticas públicas a ele para que qualquer resposta fosse dada como uma 'agressão a um cadeirante'
General da reserva e ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz (à esq.) virou alvo de críticas de Olavo de Carvalho, ideólogo do governo (Foto: Veja/Abril e Reprodução/YouTube)

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General da reserva e ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz (à esq.) virou alvo de críticas de Olavo de Carvalho, ideólogo do governo (Foto: Veja/Abril e Reprodução/YouTube)

Ideólogo do governo Bolsonaro e um dos principais influenciadores da nova direita brasileira, Olavo de Carvalho disparou na manhã desta quarta-feira (8) uma grave acusação em suas redes sociais contra o ministro da Secretaria Geral de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz. Segundo ele, Cruz “estava metido em tráfico de influência”, crime previsto no Artigo 332 do Código Penal. [1]

“Quando esta briga começou, era só uma reação minha à atitude insana do [ministro] Santos Cruz que respondia a um elogio meu com insultos. Só aos poucos os fatos mais significativos foram aparecendo por iniciativa de outras pessoas e sem que eu mesmo os investigasse no mais mínimo que fosse. Hoje compreendo que o Santos Cruz estava metido em tráfico de influência, tentando forçar o Ministério das Relações Exteriores a pagar convênios que o próprio presidente da República havia mandado suspender, e que favoreciam organizações notoriamente esquerdistas, inimigas do governo”, descreveu Olavo.

Posteriormente, o influenciador disse em vídeo nas redes sociais que referiu-se à denúncia feita pela conservadora Letícia Catel, afastada da Agência Brasileira de Fomento à Exportação (Apex) com a entrada de militares. [2]

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“O principal desses fatos foi a denúncia feita pela Letícia Catel. Ela, como chefe da Apex, estava sendo pressionada pelo ministro Santos Cruz a pagar convênios que o presidente Bolsonaro havia suspedido”, repetiu Olavo, agora citando nomes.

Segundo ele, um desses convênios ía para produtoras cinematográficas que gostariam de ir para Cannes, com dinheiro público, exibir filmes como “Mariguella” (2019) e outros “filmes notoriamente comunistas”.

“Letícia Catel não estava querendo pagar [esses convênios] e o [ministro] Santos Cruz estava pressionando para retirá-la do cargo, como de fato acabou retirando. Aí eu li um artigo do site Crítica Nacional que confirmava que o objetivo do Santos Cruz era impedir a despetização da Apex. Ele queria continuar usando a Apex para financiar grupos e ONGs esquerdistas. Então eu comecei a entender que ele começou a me xingar porque desconfiou que eu que estava pro trás dessas denúncias”, disse.

https://youtu.be/asjwnZ5aWmM

Villas Bôas

No vídeo, Olavo comentou ainda a polêmica na qual envolveu-se com o ex-comandante do Exército Brasileiro, o general Villas Bôas.

General Villas-Bôas e o presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução / Veja)

“Após toda essa confusão, apareceu uma mensagem do general Villas Bôas me criticando. Eu não sei se o general Villas Bôas escreveu ou ditou isso pessoalmente, ou se alguém redigiu e deu pra ele. O que eu sei é o seguinte: eu havia colocado no meu Facebook que não responderia ele agora, porque a mensagem me parecia muito estranha. O que eu pensei era o seguinte: Por que [veio] logo uma resposta do general Villas Bôas? Ele está com uma doença gravíssima, preso a uma cadeira de rodas, mas se eu não responder vão achar que estou concordando. E se eu respondo, vão dizer que eu ataquei ele, coitado do homem doente. Então disse que não responderia nada e, ao mesmo tempo, coloquei uma mensagem dizendo que Santos Cruz e os seus cúmplices estavam desrespeitando o general. Tudo porque, em vez de responder [às minhas críticas] como homens, estavam se escondendo por trás de um comandante que estava preso em uma cadeira de rodas”, explicou Olavo, em tom professoral.

Na sequência, Olavo criticou a mídia que interpretou sua fala como uma crítica a Villas Bôas. “Fica claro então que estava tudo montado para me pegar nessa armadilha. Só que eles se apressaram um pouco. Acharam que eu responderia com raiva a Villas Bôas e aí me denunciariam como um agressor de cadeirante. Só que eu não respondi nada. Pelo contrário: pegaram uma mensagem que eu mandei para eles e divulgaram. Desmascararam a si mesmos”, concluiu.

Boletim da Liberdade procurou a assessoria de imprensa da Secretaria de Governo da Presidência da República, órgão do qual Carlos Alberto dos Santos Cruz é responsável, para obter um posicionamento do Ministro a respeito das acusações de Olavo. Até a publicação desta matéria, o Boletim não obteve resposta.

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