Diretor de Desburocratização do Ministério da Economia , Gianluca Lorenzon divulgou um discurso em vídeo sobre a relação entre o governo brasileiro e o Congresso. Para ele, que já foi COO do Instituto Mises Brasil, a interpretação dos jornalistas sobre o aumento de protagonismo do Congresso está tomada por falhas conceituais.
Gianluca disse que a raiz da discussão está nas diferenças entre presidencialismo e parlamentarismo. No parlamentarismo, os líderes dos partidos “elegem e formam o governo”, que “vem do Parlamento”, originando-se necessariamente de uma maioria. Dessa forma, o governo traz pautas ao Parlamento e as controla. No presidencialismo “de fato”, ele explica que “Parlamento, Congresso e Presidência são sistemas completamente separados”. Lorenzon sustentou que, no presidencialismo em si, o governo não tem “uma base no Congresso”.
[wp_ad_camp_1]
Para ele, até o governo de Michel Temer, o Brasil estava muito mais próximo das práticas parlamentaristas, com a base do governo no Congresso ajudando a formar o governo com a proposição de ideias e pautas. O governo Bolsonaro não quer mais se formar “a partir do Parlamento” e por isso estaria apenas se aproximando mais do presidencialismo norte-americano. Ele citou os exemplos dos governos de Barack Obama e Donald Trump.
“É triste ver cientistas políticos e jornalistas descrevendo que, por exemplo, quando o Congresso tem trabalhado bastante e não concorda em algum ponto com o Executivo, rapidamente se olha e fala ‘é uma derrota do governo’. Não; é papel do Congresso tomar decisões, as decisões cabem ao Congresso, as consequências cabem ao Congresso e o Congresso faz suas próprias políticas públicas”, defendeu. Confira o vídeo:
[fbvideo link=”https://www.facebook.com/at.lorenzon/videos/139378427146099/” width=”920″ height=”” onlyvideo=”1″]
[wp_ad_camp_3]