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‘Atos deste domingo tiram o protagonismo do MBL e do Vem Pra Rua’, diz ativista

Ativista pró-Bolsonaro, Lucas Saboia saiu do MBL após a entidade recusar-se a apoiar o 'projeto político de Jair Bolsonaro'; militante conversou com o Boletim da Liberdade e criticou movimentos atuais do país
Neste domingo, em Brasília (DF), cartaz pedia 'Fora Rodrigo Maia' (Foto: Boletim da Liberdade)

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Ex-MBL, ativista Lucas Saboia fundou o movimento Soberanistas e apoia manifestações pró-Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook)

As manifestações deste domingo (26) foram alvo de polêmicas entre movimentos e grupos políticos de direita. Após ouvir o ativista Luciano Ayan, ligado ao MBL, o Boletim da Liberdade entrevistou o ativista Lucas Saboia, apoiador das manifestações e criador do grupo “Soberanistas”, para dar sua versão.

Na conversa com o Boletim, o ativista foi questionado sobre diversos temas, tais como a natureza do movimento que está criando, a atuação estratégica dos movimentos de direita no Brasil e as críticas que os atos estão sofrendo até de setores por serem, supostamente, antirrepublicanos e antidemocráticos. Segundo Saboia, trata-se de uma “narrativa”.

“[Na época das manifestações do impeachment,] também existiam os tais intervencionistas, eles eram uma minoria ínfima. A imprensa, claro, só dava holofotes para aqueles caras com o objetivo de estigmatizar o movimento principal. Hoje está acontecendo a mesma coisa. A grande mídia, que é tomada pela esquerda, vai dar holofotes a esses grupos minoritários com projetos políticos alternativos, mas que talvez até estejam presentes, mas que não são foco das manifestações”, opinou, complementando que o objetivo desse discurso é “esvaziar as manifestações”.

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Ao Boletim da Liberdade, Saboia defendeu ainda que os atos deste domingo em apoio ao governo e contra a classe política ajudarão a “tirar o protagonismo de movimentos como o MBL e o Vem Pra Rua, que foram os que mais se destacaram nas manifestações de 2015 e 2016”.

“É importante deixar claro que o povo não é refém do MBL e Vem para Rua. As pessoas estão indo às manifestações de maneira espontânea. Não é porque o MBL convoca, ou porque o Vem pra Rua convoca. Elas estão vindo porque existe uma pauta que é do interesse das pessoas”, afirmou.

Críticas aos grupos atuais

Ex-ativista do Movimento Brasil Livre, Saboia não poupa críticas aos movimentos atuais de direita. Segundo ele, muitas iniciativas estão surgindo “focadas na questão política, eleição de vereadores, criação de partido”.

“[Essas iniciativas novas] não estão preocupadas em criar uma iniciativa cultural e social que breque a subida de iniciativas totalitárias, como o PT, ou então de aproveitadores, caroneiros e arrivistas – que, por exemplo, vieram na onda de crescimento do bolsonarista. Acredito que essa é uma das razões dos problemas que eles estão enfrentando. Você ainda não teve a formação de uma consciência que naturalmente já daria o apoio”, disse Saboia, que replica argumentos propagados pelo professor e filósofo Olavo de Carvalho, ideólogo de Jair Bolsonaro e da direita conservador ano país.

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Esse foi o mote da criação do grupo Soberanistas, que hoje no Facebook já reúne mais de 10.000 adeptos.  Além de difundir informações sobre os atos, a página não economiza em críticas a outros movimentos e repercutir memes como “Fora STF”. Segundo Saboia, o nascimento do grupo tem como missão “ser um think tank de propagação de ideias conservadoras para influenciar posteriormente a política partidária cotidiana”. [1]

Neste domingo, em Brasília (DF), cartaz pedia ‘Fora Rodrigo Maia’ (Foto: Boletim da Liberdade)

Sobre sua saída do MBL, Saboia afirma que se deu após a entidade se recusar a apoiar o projeto político de Jair Bolsonaro. Hoje, ele faz críticas pesadas ao grupo que já participou, chamando-o de uma “seita político-partidária” e altamente centralizada nas lideranças nacionais.

“O interesse deles é desgastar a figura do [presidente Jair] Bolsonaro, ao mesmo tempo em que ficam a favor de algumas outras pautas, como a reforma da Previdência, para que o país não fique economicamente bagunçado. O projeto deles não intenciona em herdar uma bagunça que eles não têm capacidade para resolver. Eles querem que o Bolsonaro faça o serviço ‘sujo’ de consertar a economia, e enquanto eles, paralelamente a isso, desgastam a figura e os valores ao redor de Bolsonaro para se colocarem como uma alternativa ao governo no campo da direita.”, afirmou.

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Para Saboia, é preciso criar um trabalho de “consciência social” no país e que essa iniciativa é “crucial para a permanência de ideologias de direita na sociedade”. A estratégia do grupo Soberanistas, segundo ele, seria promover como palestras, workshops, grupos de estudos, divulgação de obras, incentivos a movimentos culturais e peças de teatro.

“A nossa estratégia é incentivar e divulgar iniciativas que promovam a agenda conservadora. De aumentar o nível de consciência da sociedade como um todo, para que elas não fiquem reféns desses movimentos de partidos e figuras centralizadoras. Que as pessoas realmente adquiram essa consciência do que é o conservadorismo de uma maneira permanente. Que se consiga internalizar as ideias na mente das pessoas.”, finalizou.

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