Após ter se sagrado vitorioso nas eleições parlamentares que ocorreram no início de abril, o premiê israelense Benjamin Netanyahu enfrentará novamente as urnas em novas eleições gerais. [1]
A decisão de se dissolver veio do próprio parlamento israelense, o Knesset, nesta quarta-feira (29), após o partido de Netanyahu, o Likud, não conseguir conquistar maioria (62 congressistas) no tempo necessário.
Sem a governabilidade mínima, o governo poderia ser transmitido para o partido de oposição Azul e Branco, que ficou em segundo lugar. Para impedir esse cenário, o próprio Likud e Netanyahu defenderam um novo pleito.
De acordo com a imprensa internacional, a base de sustentação do premiê isralense acabou se dividindo após as eleições. Uma das razões para essa divisão tem motivação religiosa: a bancada secular da direita defendia o fim de isenção de ortodoxos no alistamento obrigatório. As tentativas de negociação não prosperaram.
[wp_ad_camp_1]
Assim como a política brasileira, os políticos israelenses também trocaram acusações no processo político. Segundo o portal israelense Haaretz, em momento de maior estresse, Netanyahu chegou a chamar um de seus então aliados, o ex-ministro da defesa Avigdor Lieberman, de esquerdista e de acusá-lo de atuar para derrubar governos de direita.
A acusação, no entanto, é curiosa. Lieberman faz parte do Yisrael Beitenu, legenda de viés nacionalista e crítica a concessões à Autoridade Palestina. [2]
O jornal Jerusalem Post sinaliza que “foi a primeira vez na história de Israel que um candidato a primeiro-ministro não conseguiu formar uma coalizão”. [3]
A dissolução do Knesset ocorre um mês após a posse oficial. A nova eleição ficou marcada para o dia 17 de setembro.
[wp_ad_camp_3]