O Partido da República (PR) decidiu em 2019 se rebatizar para Partido Liberal. Embora ninguém tenha acreditado que a mudança tenha se dado por razões ideológicas da legenda – que, inclusive, constitui o centrão fisiológico da Câmara -, a mais recente movimentação no Congresso reforça a imagem nada liberal do partido. É que o agora PL deve lutar pelo fim da capitalização na proposta de reforma da Previdência enviada pelo ministro Paulo Guedes.
Segundo informa o jornalista Gerson Camarotti, do portal G1, deputados federais do Partido Liberal estão articulando apresentar um texto substitutivo à reforma do governo. [1]
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Dentre as mudanças que devem ser inseridas no novo texto, estariam a exclusão do regime de capitalização proposto por Guedes e a exclusão da vinculação da reforma nos regimes próprios de servidores públicos estaduais e municipais.
Na prática, a medida não resolveria, se aprovada, com os problemas fiscais dos estados e municípios e, pior, impediria o novo modelo previdenciário, considerado mais saudável, sustentável e preferido por liberais.
No modelo de capitalização, defendido arduamente por Guedes, as novas gerações teriam suas reservas acumuladas em contas individuais, embora imobilizadas. Com isso, no longo-prazo, além de não correr risco de ver os recursos previdenciários esvaídos pelo modelo de repartição simples, que sustenta as gerações mais antigas, o país criaria uma poupança interna que atrairia mais investimentos.
Segundo Paulo Guedes, o regime de capitalização para os jovens vai ajudar a criar a “democratização da riqueza” e o “capitalismo popular”, pois o investimento estará pulverizado na sociedade. “É o dinheiro da própria pessoa aplicando na instituição onde ela quiser”, disse.
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