Um comentário do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) nesta quinta-feira (6) despertou dúvidas, curiosidade e crítica de internautas no Twitter. É que o parlamentar celebrou o fim de uma portaria do governo federal que importava bananas do Equador e emendou que a medida era “a favor do livre mercado”. [1]
“A Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, revogou a portaria que importava bananas do Equador. Vale do Ribeira e Santa Catarina agradecem. Trata-se de uma medida a favor do livre mercado e responsável do nível fitossanitário. Produtores e consumidores também agradecem. É o presidente da República, Jair Bolsonaro, cumprindo suas promessas”, escreveu o parlamentar.
Min.Agro Teresa Cristina revogou portaria que importava bananas do Equador. Vale do Ribeira e SC agradecem. Trata-se de uma medida a favor do livre mercado e responsável do nível fitossanitário. Produtores e consumidores também agradecem.
É o PR JB cumprindo suas promessas!— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) 6 de junho de 2019
Internautas criticaram a declaração. “Proibir importação e livre mercado. Escolhe um, os dois não dá”, escreveu um perfil. Outro disse que a medida era protecionista. “Não vou nem entrar no mérito se é bom ou ruim, só acho que tem que usar os termos corretos”.
Organizações liberais também decidiram entrar no debate. Enfático em seus posicionamentos, o perfil “Instituto Liberal de São Paulo” respondeu ao parlamentar que “usar o Estado para proteger a produção nacional dos concorrentes internacionais é o exato oposto de livre mercado”. E complementou: “Por que consumidores agradeceriam por menos opções no mercado e bananas mais caras? Promessa estúpida!”. [2]
“Trata-se de uma medida a favor do livre mercado” Usar o estado para proteger a produção nacional dos concorrentes internacionais é o *exato oposto* de livre mercado. Por que consumidores agradeceriam por menos opções no mercado e bananas mais caras? Promessa estúpida!
— ILISP (@Ilisp_org) 7 de junho de 2019
O movimento Livres, por sua vez, afirmou que Eduardo Bolsonaro praticava a “Novilíngua”. “É o idioma criado por autoritários no romance de George Orwell [1984] onde o sentido das palavras é pervertido pelo oposto. Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é Força. Era o lema do partido governista”, publicou o movimento, que sintetizou que “no bolsonarismo, restringir importação é livre mercado”. [3]
Novilingua é o idioma criado por autoritários no romance de George Orwell onde o sentido das palavras é pervertido pelo oposto.
– Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão. Ignorância é Força.
Era o lema do partido governista.No bolsonarismo, restringir importação é livre mercado. https://t.co/9KPc6oLRD5
— LIVRES (@EuSouLivres) 7 de junho de 2019
[wp_ad_camp_3]