Após o revés do decreto presidencial que flexibilizava o porte de armas, derrota sofrida pelo governo na noite de terça-feira (18), ganhou força uma ideia legislativa vista por alguns críticos como uma espécie de “revanche” contra os parlamentares desarmamentistas. A proposta é desarmar a polícia do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. [1]
A ideia conseguiu alcançar nesta quarta-feira (19) os 20 mil apoios na plataforma virtual do Senado e será debatida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, podendo se converter em proposição no Congresso. A origem da sugestão veio de um cidadão de São Paulo, que falou em transformar os órgãos em “zona livre de armas”, restringindo a segurança interna a equipamentos não-letais, como tasers e gás de pimenta.
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A sugestão popular estava no site há sete dias, mas as discussões sobre o decreto presidencial naturalmente impulsionaram as assinaturas. O próprio autor do projeto não esconde no texto da ideia legislativa que os parlamentares desarmamentistas precisam “dar o exemplo”, denotando a verdadeira intenção da proposta. O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) afirmou ao site do Senado que o pedido é “coerente”.
“Para entrar no Congresso você passa por detectores de metais, apresenta documento, faz um cadastro. Existe um rigor, um protocolo de busca da segurança interna. Não consigo imaginar por que o policial legislativo precise de uma arma aqui dentro. Eu não me sinto inseguro”, ele explicou.
Já o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) lamentou o que entende como uma tentativa de retaliação, dizendo que os policiais legislativos têm permissão para o porte de armas, de acordo com o Estatuto do Desarmamento.
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