A decisão desta terça-feira (16) do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de suspender as investigações em curso contra o atual senador Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) suscitou uma série de críticas advindas de setores da direita. Uma das mais fortes veio da deputada estadual Janaina Paschoal, do PSL, mesmo partido de Flávio e Jair Bolsonaro.
Nas redes sociais, a parlamentar classificou a medida como “preocupante” e que “pode significar uma derrota considerável contra a corrupção e um primeiro passo para anular processos e até condenações”.
“Muitos inquéritos em trâmite na Polícia Federal se iniciaram por representações ministeriais oriundas de notificações do COAF e da Receita Federal. Se entendi bem, a decisão do Ministro vai parar tudo”. [1]
Vejam, se COAF e Receita Federal devem enviar primeiro a um juiz, o juiz terá que fazer um juízo de valor prévio? Que fique claro, não estou questionando a defesa, que deve mesmo levantar todas as teses em prol de seu cliente, estou querendo entender a dimensão da decisão.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) July 16, 2019
Os comentários de Paschoal foram compartilhados pelo Movimento Brasil Livre no Twitter. A entidade avaliou que Toffoli “usou o pedido de Flávio Bolsonaro” para “suspender todas as investigações com dados do COAF que começaram sem autorização da justiça”. [3]
Críticas da Lava Jato
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, quem também criticou a decisão de Toffoli foi o coordenador da Lava Jato no Ministério Público do Rio de Janeiro. Segundo ele, a decisão de Toffoli “suspenderá praticamente todas as investigações de lavagem de dinheiro no Brasil”.
“[O ministro] ignora o macrossistema mundial de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo e aumenta o já combalido grau de congestionamento do judiciário brasileiro”, afirmou. [2]
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