O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã deste sábado (27) no Rio de Janeiro que o jornalista Glenn Greewald, editor do site que divulgou originalmente diálogos vazados de procuradores da Operação Lava Jato, “pode pegar uma cana aqui no Brasil, não lá fora”. [1]
A declaração se deu após o presidente explicar que uma portaria editada pelo ministro Sérgio Moro na última quinta-feira (25) sobre deportação de estrangeiros não havia sido formulada pensando no jornalista, como acusa parte da oposição.
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“Tem nada a ver com esse Glenn. Nem se encaixa na portaria o crime que ele está cometendo. Até porque ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro para evitar um problema desse, casa com outro malandro ou adota criança no Brasil. O Glenn não vai embora, pode ficar tranquilo”, disse. Glenn Greenwald, como se sabe, é casado com o deputado federal David Miranda (PSOL/RJ).
Outro lado
Nas redes sociais, o jornalista criticou a declaração. Disse que não saiu e não pretende sair do Brasil “apesar dessas ameaças” porque sabe “que não têm nada contra” ele. “Vou defender a democracia do país dos meus filhos”, disse. [2]
Glenn também ponderou que “ao contrário dos desejos de Bolsonaro, ele não é (ainda) um ditador” e, portanto, “não tem o poder de ordenar pessoas presas”. “Para prender alguém, tem que apresentar provas para um tribunal que eles cometeram um crime”, observou, complementando ainda que o presidente zombou do fato de ele ter adotado crianças ou mesmo casado por oportunismo.
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