O governo norte-americano informou o Brasil nesta quinta-feira (8) que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) poderá representar o Brasil como embaixador em Washington. A consulta, conhecida como “agrément”, havia sido feita pelo Itamaraty no início de julho e costuma ser o primeiro passo para a indicação de um novo diplomata que representa um país. [1]
Com a confirmação dos Estados Unidos, espera-se que o presidente Jair Bolsonaro formalize a nomeação nos próximos dias. Assim que o fizer, Eduardo Bolsonaro entrará para uma fila de nomeados que aguarda sabatina e votação no Senado, que tem a prerrogativa de confirmar ou negar a nomeação.
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De acordo com o divulgado pelo jornalista Guilherme Amado, da revista Época, Eduardo Bolsonaro deseja se reunir com todos os senadores para conversar sobre o projeto. A expectativa é que a sabatina e a votação ocorram em setembro. Se aprovado, Eduardo Bolsonaro terá que abrir mão do mandato de deputado federal e deverá assumir em até 60 dias o posto em Washington. [2]
A nomeação de Eduardo Bolsonaro foi uma das atitudes de governo mais polêmicas do presidente Bolsonaro, pai do deputado, até agora. O grau de parentesco foi alvo de críticas de nomes como Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo e até do professor e filósofo Olavo de Carvalho, aliado de primeira hora do governo.
Para Olavo, aceitar a missão e assumir como embaixador seria um “retrocesso” e representaria “a destruição da carreira do Eduardo Bolsonaro”.
“Eu estou com o Eduardo e com o pai dele até a morte, eles são meus amigos. Não sou chefe de campanha, guru, ideólogo, porra nenhuma, estou expondo apenas o que eu vejo. Estou diagnosticando a coisa de maneira certa e indicando o caminho da vitória e não da derrota. Eduardo, assuma a responsabilidade do movimento do qual você já é o líder, desça à arena e seja o campeão do seu pai”, disse Olavo em vídeo, sugerindo que Eduardo lidere a CPI do Foro de São Paulo.
Curiosamente, o cargo de embaixador nos Estados Unidos já foi de interesse de Olavo. Em novembro de 2018, o professor chegou a se colocar à disposição do presidente Bolsonaro para assumir o posto.
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