Cada vez mais pressionado a se afastar da coordenação da Operação Lava Jato após ter conversas vazadas, o procurador Deltan Dallagnol poderia dar a volta por cima se fosse nomeado como novo Procurador-Geral da República. Mas, ao que tudo indica, esse cenário é improvável. [1]
Neste domingo (11), o presidente Jair Bolsonaro, em resposta a uma internauta que havia feito esse pedido, afirmou que “combater a corrupção” é um dever de Dallagnol. Na sequência, compartilhou uma publicação da página “Bolsonaro Opressor 2.0” que afirma que “o cara é esquerdista estilo PSOL”.
A publicação é um apanhado de capturas de telas com tweets e declarações do procurador paranaense. Em uma das imagens, ele aparece ao lado de Matheus Leitão, filho da jornalista Miriam Leitão, com quem o presidente recentemente se envolveu em uma polêmica.
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Dallagnol escreve, na sequência, que a “ditadura militar virou uma espécie de fetiche em tempos recentes”. Outra imagem anexada à publicação publicação mostra o procurador compartilhando reportagens sobre as acusações contra o Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e sobre o caso de Fabrício Queiroz, investigado junto com Flávio Bolsonaro, filho do presidente.
Escolha do novo PGR
O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar nos próximos dias o nome do novo Procurador-Geral da República. O mandato de Raquel Dodge está terminando e Bolsonaro tem em mãos a lista tríplice, composto por três nomes mais sugeridos entre os próprios procuradores para assumir o posto. O presidente, contudo, possui autoridade para nomear quem desejar, mesmo que fora da lista. Os nomes mais fortes que têm circulado são os de Vladimir Aras e Paulo Gonet. Ambos são considerados discretos e com perfil conservador e de direita.
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