O economista Rodrigo Constantino, em sua participação no programa 3 em 1 da rádio Jovem Pan, na última terça-feira (6), propôs um desafio a seus colegas de bancada, a jornalista Vera Magalhães e o editor e comentarista Carlos Andreazza. Ele concordou com críticas feitas ao presidente Jair Bolsonaro, mas convidou os jornalistas a fazerem também uma autocrítica.
O tema abordado era a comparação que o presidente fez de si mesmo com o personagem Johnny Bravo, que o próprio Constantino concordou em ser “um sujeito anabolizado, sem nada na cabeça”. Constantino concordou em que Bolsonaro sequer deve saber quem é esse personagem, em que ele “não é dos mais presidenciáveis” e fala “muita coisa de improviso e beligerante”.
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No entanto, o economista ponderou que o radicalismo do bolsonarismo pode ser alimentado pela abordagem enviesada da imprensa. “Bolsonaro está sempre em campanha e não desceu do palanque. É, talvez seja verdade, mas será que, fazendo um mea culpa nosso como imprensa, será que nós da imprensa, será que nós jornalistas, também não estamos em eterna campanha contra o governo?”.
Constantino questionou, por exemplo, a afirmação de que as reformas e pautas liberais são boas, “apesar do presidente”, quando foi ele, como eleito, quem os indicou e deu autonomia para exercerem seu papel. “Nós temos má-vontade e o fenômeno do bolsonarismo, muito dele, é uma reação a isso”, ponderou. Confrontado por Vera, que não enxergou veracidade na análise, ele reagiu ressaltando que a imprensa jamais reagiu aos riscos à democracia sob a era PT como hoje questiona o perigo do fascismo no governo Bolsonaro.
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