Após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, o Movimento Brasil Livre começou a dar sinais do interesse de se reformular e fazer uma autocrítica. Na última quarta-feira (14), Ricardo Almeida, coordenador da entidade, publicou no site MBL News um pouco do que chamou de “MBL 3.0”.
No texto, o ativista afirmou que a nova fase do movimento será baseada em, pelo menos, cinco ideias centrais. A primeira diz respeito à não espetaculização da polarização. “O espetáculo não polariza, mas irmana todo mundo na burrice. É preciso divergir em um nível mais fundamental. No nível do diálogo possível, há como polarizar sem ser estúpido. Essa é a primeira regra, ainda que não apareça ninguém para conversar”, diz.
Na sequência, Almeida propõe que o movimento ajude a construir um projeto de país. Com o título que afirma que “o Brasil é um projeto inacabado”, o professor observa que poucos brasileiros são orgulhosos e a maioria gosta de se auto-depreciar. É preciso resgatar a ideia de país:
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“O liberalismo brasileiro do século XIX criou as instituições deste país. A melhor experiência liberal do Brasil foi o Segundo Império. A maior parte dos liberais já concorda. Voltemos às origens, essa é a segunda regra”, escreve.
Depois, o ativista ressalta que os memes continuarão a ser utilizados pela instituição como ferramenta de comunicação, mas terão maior foco em ideias. “Agora, devem dizer o que queremos. Menos golaço, mais teoria – terceira regra'”, afirma. A quarta regra, por sua vez, é a defesa de um “liberalismo popular”.
“Chega de liberalismo engravatado de elite. Não é simples. É preciso forjar uma nova comunicação. Pois o único liberalismo que interessa é aquele que prova, na realidade da experiência econômica das massas, a sua superioridade. Este será o horizonte e a nossa quarta regra”, defende.
O último princípio que deve guiar o movimento é, para Almeida, o municipalismo. No texto, faz uma autocrítica sobre o apoio a políticos em eleições presidenciais e promete que o movimento não terá, a partir de 2022, mais candidatos oficiais ao Planalto. “Nosso objetivo é construir a política onde podemos efetivamente medir a competência executiva do movimento: municípios, cidades pequenas, nichos locais, incubações regionais. A política do MBL dá uma virada decididamente municipalista, construindo os grandes temas nacionais de baixo para cima”, afirma.
Confira o artigo na íntegra clicando aqui.
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