O vice-presidente do Instituto Liberal, Maurício Martins, que é filiado ao PSL, deve entrar na Justiça contra The New York Times. É que o jornal norte-americano, considerado o principal do mundo, publicou uma matéria chamada How YouTube Radicalized Brazil (em tradução livre, ‘Como o YouTube radicalizou o Brasil’) onde seriam atribuídas falas que nunca foram dadas em entrevista realizada em abril. [1]
Em nota
“O tradicional jornal esquerdista afirma que eu teria dito que o Partido Social Liberal (PSL) tem a maior parte de seus recrutados vindos do YouTube, incluindo eu mesmo. Não que seja qualquer tipo de vergonha usar as redes sociais para buscar filiados, ocorre que tal informação não foi dada. Aqueles que conhecem minha história sabem que meu ingresso no PSL não tem qualquer relação com o Youtube, mas, sim, com um convite recebido antes mesmo do ingresso no partido de Jair Bolsonaro”, afirmou em nota Martins, que é vice-presidente do PSL de Niterói, no Rio de Janeiro. De fato, Maurício havia ingressado no PSL ainda quando a legenda estava sendo controlada pelo Livres – então apenas uma subcorrente do PSL que pretendia tomar o controle do partido. [2]
Formação Política
“De mesma forma é mentirosa a informação de que antes de ter assistido vídeos na citada rede social eu não tinha ‘base ideológica política’. E, pior, que os vídeos foram “minha formação política”. Além de não retratarem a realidade, tais afirmações ofendem e mancham minha imagem que foi construída ao longo dos anos com base na solidez de conhecimento político-ideológico, honradez e honestidade intelectual”, escreve Maurício, que prometeu que “medidas legais serão adotadas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos”.
Meta ousada
Lideranças nacionais do PSL mobilizaram seus quadros para organizar nesse final de semana um grande ato nacional de filiação ao partido. A ideia da legenda, que tem menos de 300 mil filiados, é ultrapassar o milhão até 2020. A filiação é gratuita.
Eduardo Bolsonaro
A consultoria legislativa do Senado Federal montou um parecer que considera que há, sim, nepotismo na nomeação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) como embaixador em Washington. É que o cargo de embaixador seria equivalente a um cargo comissionado qualquer e diferente de um mero cargo político, como Ministro.
Eduardo Bolsonaro 2
Bolsonaro já falou sério brincando, ou brincou falando sério, que caso não pudesse nomear Eduardo como embaixador, poderia nomeá-lo como “chefe de todos os embaixadores”, que é o cargo de Ministro das Relações Exteriores. Uma rejeição no Senado pode eventualmente catapultá-lo ao posto hoje comandado pelo sorumbático Ernesto Araújo. Corre também a ideia que Bolsonaro só formalizará a indicação quando houver certeza da aprovação do filho.
CPAC
Em falar nele, Eduardo Bolsonaro anunciou que “após meses de trabalho”, trará a CPAC para o Brasil. CPAC é abreviação, em inglês, de Conferência Política de Ação Conservadora – considerado o principal evento de viés conservador do mundo há mais de 40 anos. Dentre os nomes que já participaram dos encontros, estão Donald Trump e Ronald Reagan. Na América, o evento de 2019 já ocorreu e, em fevereiro de 2020, ocorrerá a nova edição.
É com grande satisfação que após meses de trabalho anunciamos que o maior evento conservador do mundo, CPAC, será realizado pela 1ª vez no Brasil.
Em breve divulgaremos grandes nomes da direita mundial que se farão presentes em São Paulo nos dias 11 e 12/OUT. Sigam: @cpacbrasil pic.twitter.com/PAdVCAtPyI
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) August 14, 2019
Segundo semestre agitado
Além da CPAC, haverá ainda em 2019 a LibertyCon (Students for Liberty Brasil), o Congresso Nacional do MBL e a Ayn Rand Conference (Instituto Liberdade). Agenda cheia para liberais e conservadores.
Correria no Senado
Deputados estavam eufóricos com a aprovação da MP 881, da Liberdade Econômica, medida que visa a desburocratização de negócios e facilitação na lei trabalhista. Agora, a batata quente está com o Senado, que tem até o final de mês (dia 27) para fazer sua parte. Expirado o prazo, a medida irá perder a validade.
Deltan na PGR
A partir do momento que o vazamento de diálogos do procurador Deltan Dallagnol passou a atingir ministros do Supremo Tribunal Federal, a situação do coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato piorou. Diante disso, o movimento Vem Pra Rua convocou para o próximo domingo (25) atos que têm, entre as pautas, o pedido para Bolsonaro indicar Deltan à Procuradoria Geral da República.
Deltan na PGR 2
Ocorre que, em publicação recente nas redes sociais, Bolsonaro deu a entender que Dallagnol sequer é uma opção. O presidente compartilhou um post que diz que Dallagnol seria “esquerdista”. Há quem aposte que a postura seria incerteza sobre como Deltan agiria no caso Flávio Bolsonaro ou até preocupação para evitar desgaste com o Supremo Tribunal Federal. Aliás, dizem que Sérgio Moro também indicou Deltan ao presidente. Como se sabe, o PGR é quem quem denuncia autoridades com foro privilegiado.
Pouco tempo
Ex-apoiador de Jair Bolsonaro e atual presidente do PSDB-RJ, Paulo Marinho, de 66 anos, virou o homem forte de João Dória no estado. Há quem diga, no entanto, que o objetivo dele não é ficar na cadeira muito tempo.
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