Um grupo de personalidades do meio liberal saiu em defesa do presidente do conselho deliberativo do Instituto Liberal, Rodrigo Constantino. É que, em debate nas redes sociais com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) neste domingo (1º), Constantino foi acusado de ser o responsável pelas projeções econômicas do banco FonteCindam, que ficou conhecido em 1999 após ser arrolado em um escândalo financeiro junto ao Banco Marka, de Salvatore Cacciola. [1]
Em resposta, Constantino afirmou que, em 1999, era apenas “estagiário de análise de empresas aos 23 anos” e criticou as colocações do parlamentar. “Eu, sinceramente, acho que o deputado Eduardo Bolsonaro precisa contratar melhores assessores. Alguns deles têm soprado ‘informações’ totalmente erradas, distorcidas e retiradas da Wikipedia, o que qualquer idiota pode fazer”, comentou o economista, prometendo que Eduardo poderia responder na Justiça pelas colocações.
Hummmmm… interessante. Vamos falar do seu sucesso profissional no mercado.
Em 13 de janeiro de 1999 dois bancos quebraram na desvalorização: o Banco Marka do “famoso” Salvatore Cacciola e o Banco FonteCindam, onde VOCÊ era o responsável pelas projeções econômicas.
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) September 1, 2019
Na sequência, Eduardo Bolsonaro afirmou que apenas havia feito uma pergunta e voltou a conectar Constantino a “Marka” e “Cacciola”. “Cadê a moral de quem vai no meu perfil quase diariamente falar asneiras? Agora vai lá, apele ao Estado para me censurar, liberal caviar”, afirmou o deputado, referindo-se ao posicionamento crítico de Constantino ao governo e também ao livro que o economista publicou pela editora Record, Esquerda Caviar (2013).
[wp_ad_camp_1]
Atual presidente do Instituto Liberal, o jornalista Lucas Berlanza criticou o posicionamento de Eduardo. “A assessoria incompetente do deputado, para dizer o mínimo, o está transformando em um profissional de mentiras. É uma excelente credencial para ser embaixador”, ironizou. [2]
Quem também se manifestou em desagravo a Constantino foi o advogado Bernardo Santoro, ex-presidente do IL. “Minha manifestação é em defesa do meu amigo Rodrigo Constantino, que fora absurdamente atacado pelo deputado Eduardo Bolsonaro por ter sido estagiário de uma grande empresa pertencente a um banqueiro que depois ficou se sabendo um fraudador. Pouca gente tem como adivinhar se seu chefe é um fraude ou não, e sendo um mero estagiário isso é impossível”, escreveu. [3]
Santoro salientou ainda que Constantino “sempre foi um líder contra o PT numa época em que muitos que hoje estão acastelados no governo Bolsonaro mamavam nas tetas petistas” e que “qualquer crítica pontual que ele faça ao governo deveria ser visto como uma crítica construtiva”. “Invencionices contra pessoas de bem está se tornando rotina dentro da direita. É um péssimo sinal”, concluiu.
[wp_ad_camp_3]