A China continental, comandada por uma ditadura comunista, segue ampliando a repressão para tentar reduzir as manifestações populares no território autônomo de Hong Kong. Desta vez, a estratégia é a aplicação de uma lei de emergência de 1967, que – dentre outros efeitos – proíbe o uso de máscaras na cidade. [1]
A utilização de máscaras é uma das estratégias que se tornou comum entre os manifestantes para evitar que fossem identificados por câmeras. A medida, porém, nem sempre é efetiva: as forças de repressão de Hong Kong já estão disparando jatos de tinta azul que, difíceis de apagar, são úteis para que a polícia descubra os críticos ao regime nos dias posteriores aos protestos e possa efetuar prisões. [2]
Os protestos em Hong Kong se acirraram após a imposição de uma lei de extradição que permite que qualquer cidadão da região, que é mais liberal, seja facilmente extraditado à China continental, sob ditadura. Com razão, a medida é considerada um atentado à soberania e às liberdades individuais presentes em Hong Kong.
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Também motivam os protestos a pressão para redução das possibilidades de participação democrática na ilha. Cidadãos de Hong Kong, especialmente os mais jovens, têm se mobilizado contra a tendência.
Na última terça-feira (1º), até um jovem de 18 anos foi alvo de um tiro com munição real em uma das repressões às manifestações. [3]
Hong Kong
Hong Kong é uma das regiões administrativas especiais da China. Após 156 anos de soberania do Reino Unido, passou a integrar oficialmente o país comunista em 1997.
Com judiciário independente, a região possui um sistema político mais liberal que a ditadura continental. Além do sistema multipartidário, a região goza ainda de liberdade de imprensa e alta liberdade econômica, atributos que estimularam altos índices de desenvolvimento, mas que são incompatíveis com a ideologia marxista-leninista-maoísta.
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