Principal partido de direita do país, o PSL entrou em nova crise nesta terça-feira (8) após o presidente Jair Bolsonaro ser flagrado pedindo a um admirador que “esquecesse o partido” e, na sequência, criticado o presidente e fundador da sigla, Luciano Bivar. Em entrevista ao site O Antagonista na tarde desta quarta (9), contudo, o presidente se mostrou disposto à reconciliação. [1][2]
Admitindo a hipótese de que, ao deixar o partido, “a tendência do PSL é murchar”, Bolsonaro afirmou que não quer “esvaziar o partido”.
“Quero que funcione. O PSL caiu do céu para muita gente, inclusive para o Bivar. O que faço é uma reclamação do bem. O partido tem que funcionar, tem que ter a verba distribuída, buscar solucionar os problemas nos diretórios”, disse.
Crise
Além de suspeitas de irregularidades recaindo em campanhas pontuais do processo eleitoral de 2018, uma das principais queixas apontadas como graves para a crise no partido é o modo como será gerido o dinheiro do Fundo Eleitoral e Partidário a que tem direito.
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Por ser a maior bancada da Câmara dos Deputados, o PSL saltou de um partido nanico ao maior do país em termos federais. Quase R$ 1 bi de dinheiro público a sigla deve receber apenas para funcionar.
Sobre a declaração interpretada como crítica ao PSL dada ao fã, o presidente afirmou que buscou apenas alertá-lo ao risco de campanha antecipada. “O rapaz falou que era candidato a vereador. Se começar a vincular nome a partido, à minha imagem, pode ter problema de campanha”, justificou-se.
Após as polêmicas declarações de Bolsonaro, Luciano Bivar chegou a declarar que o presidente já estaria afastado do partido e que, talvez, apenas buscasse se desvincular da sigla visando a reeleição.
“A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”, teria afirmado Bivar para o blog da jornalista Andrea Sadi. [3][4][5]
Apesar da fala com teor conciliatório do presidente, já circulam informações nos principais veículos de imprensa de que a saída de Bolsonaro do PSL já estaria decidida.
Outro aspecto especulado, e há tempos, seria a transferência do núcleo duro do presidente, mais ideológico, a um novo partido. Se no passado a refundação da UDN seria uma possibilidade, agora discute-se que outro destino poderia ser o “Conservadores“, legenda que está em processo de formalização. [6]
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