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Líder do PSL fala em ‘implodir presidente’, mas é gravado por colega

Deputado federal Daniel Silveira (PSL/RJ) conseguiu gravar atual líder do PSL na Câmara dos Deputados ameaçando o presidente Jair Bolsonaro e ainda o xingando de vagabundo
(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

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(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Mais uma reviravolta na crise que atingiu o PSL, principal partido de direita do país e no qual Jair Bolsonaro segue filiado. Na tarde desta quinta-feira (17), vazou um diálogo do atual líder da bancada, Delegado Waldir (PSL/GO), conspirando contra o presidente.

Como uma espécie de Eduardo Cunha paraguaio, Waldir promete “implodir o presidente” e chama Bolsonaro de “vagabundo”. “Não tem conversa, não tem conversa. Eu implodo o presidente. Acabou o cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei nessa porra. Eu andei, no sol, 246 cidades gritando o nome desse vagabundo”, disse.

Quem gravou Waldir foi o deputado federal Daniel Silveira (PSL/RJ), que havia assinado listas de apoio tanto ao parlamentar goiano quanto a Eduardo Bolsonaro (PSL/SP). Como noticiado pelo Boletim da Liberdade na noite desta quarta-feira (16), o presidente Bolsonaro chegou a entrar em campo na disputa pela liderança do PSL pedindo votos a parlamentares. [1]

“Tivemos que trabalhar como infiltrados ali para poder conseguir acessar as informações, senão não tinha como. Era uma cúpula fechada tramando contra a República. Isso aí por fundo partidário, dinheiro e poder. Não serve, o Brasil não espera mais isso”, afirmou Silveira ao site O Antagonista.

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Joice

A disputa pela liderança do PSL, aliás, teve outro episódio comprometedor: a jornalista e deputada federal Joice Hasselmann, que foi eleita com mais de 1 milhão de votos em São Paulo, não endossou a campanha do presidente e apoiou Waldir para a disputa do partido na Câmara. Como retaliação, Bolsonaro a tirou da liderança do governo no Congresso, o que pode representar o início da ruptura política entre os conservadores.

Nas redes sociais, Joice chegou ainda a atritar com o assessor especial de Bolsonaro, Filipe G. Martins, sugerindo que o internacionalista era homossexual. Após ser destituída do cargo, Joice afirmou que deixava a função “com dever cumprido”. [2][3]

“Articulei a reforma da Previdência em todo país, aprovei o PLN que deu ao presidente R$ 248 bilhões e o salvou de um impeachment, contive inúmeras crises. Não me importo com a ingratidão. Meu couro é duro. Sigo apoiando o Brasil”, disse. [4]

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