Eleito em 2018 para seu primeiro mandato em Teresópolis (RJ) em uma eleição suplementar, Vinicius Claussen foi celebrado como primeiro prefeito associado ao Livres. O casamento com a organização liberal, porém, terminou nesta quinta-feira (17) com um rompimento “em comum acordo”. [1]
O estopim para a crise foi o anúncio na última segunda-feira (14) da filiação partidária de Claussen ao PSC, partido que tem no controverso governador fluminense, Wilson Witzel, sua principal liderança regional. Antes, o político estava filiado ao Cidadania (antigo PPS), mesmo partido que algumas lideranças do Livres local se abrigam.
Famoso, entre outros aspectos, pelo projeto de ser presidente e por liderar uma política de segurança pública com alta letalidade policial, o que tem sido alvo de críticas de liberais, Witzel é ex-juiz federal e foi eleito em 2018 alinhado ao discurso de Jair Bolsonaro.
Como se sabe, a ampla divergência do Livres com Bolsonaro foi o estopim para a saída da entidade do PSL quando o atual presidente ingressou na sigla em 2018. O Livres costuma se rotular como “liberal por inteiro”, deixando clara sua preocupação com as liberdades individuais.
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Convergência de ideias
Em vídeo, Claussen afirma que “acredita no perfil [de Witzel] e na sua liderança” e promete “caminhar junto em Teresópolis e no Estado” com o governador.
“Witzel representa uma ruptura com o modelo de gestão que faliu Teresópolis e o Estado do Rio”, escreveu, complementando ainda que “mais que uma mudança partidária, estamos unindo forças por um projeto comum”.
“Temos convergência de ideias e pensamentos e já temos trabalhado para reverter o cenário desafiador que encontramos”, publicou o prefeito nas redes sociais. [2]
O presidente do Livres, Paulo Gontijo, que em 2018 foi candidato a deputado pelo Cidadania e com o apoio de Claussen, avaliou na manhã desta quinta-feira (17) nas redes sociais que a decisão do prefeito seria “um erro, um erro gigante”.
Pouco depois, o Livres formalizou a saída do prefeito da entidade emitindo uma nota afirmando que a decisão foi “tomada em comum acordo” em decorrência do “recente alinhamento anunciado [pelo prefeito]” com o governador fluminense.
Editado às 19h34 do dia 17/10: A assessoria de comunicação do Livres entrou em contato com o Boletim da Liberdade para frisar que “a ação de desligamento não partiu de Claussen, como o título dá a entender” e que “ele não passou pouco mais de 1 ano no Livres, pois já era do Livres desde o tempo do PSL”. O Boletim da Liberdade corrigiu o título para retirar a ambiguidade da informação inicial e, na sequência, corrigiu a segunda informação, retirando a menção de tempo de Claussen na entidade, refundada em janeiro de 2018.
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