A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou um primeiro suspeito de ter envolvimento no ataque terrorista à sede da produtora de humor “Porta dos Fundos” no último dia 24. Com base em imagens de câmeras de segurança, a Polícia afirma tratar-se do empresário Eduardo Falzi Richard Cerquise. [1] [2]
Contra o suspeito, já foi expedido um mandado de prisão e busca e apreensão. Até o momento da publicação desta reportagem, Cerquise não havia sido localizado.
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Nas buscas realizadas em endereços comerciais e residenciais ligados ao suspeito, foram apreendidos mais de R$ 100 mil em dinheiro vivo, munição, arma falsa, facões, computadores e livros religiosos ligados tanto ao cristianismo como ao islamismo.
Esse não teria sido, contudo, o primeiro ato de agressão do homem, que mora na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em 2013, o suspeito chegou a agredir o secretário de ordem pública do município do Rio, Alex Costa, ato que chegou a leva-lo a ser condenado pela justiça.
Polêmica
O ato terrorista com coquetel molotov que levou fogo à fachada da produtora carioca ocorreu após a polêmica produção de um especial para natal exibido para a Netflix.
No filme, que foi muito criticado por cristãos nas redes sociais, Jesus é interpretado como homossexual incerto sobre sua missão
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A Justiça chegou a ser acionada para que o filme fosse retirado do ar, mas negou a retirada da produção. No entanto, ainda não há confirmação de que o ataque esteja relacionado a essas críticas.
A produtora afirmou que “já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades e espera que os responsáveis pelos ataques sejam encontrados e punidos”.
O movimento Livres, de viés liberal, classificou o ataque como um “absurdo”. Nas redes, afirmou que “quando você defende a violência hoje, para responder a uma expressão que você não gosta, abre caminho para que os ataques, amanhã, sejam contra o que você gosta” e destacou que “tolerar em paz o desagradável é a civilização contra a barbarie”. [3]
Um grupo autodenominado integralista chegou a se manifestar nas redes assumindo o atentado. A Federação Integralista Brasileira, contudo, negou envolvimento. Não há, ainda, evidência comprobatória que conecte o atentado ao filme.
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