O ataque militar dos Estados Unidos que levou à morte do general iraniano Qassem Soleimani na noite desta quinta-feira (2) deve dar início a um novo ciclo e a uma nova escalada de hostilidades no Oriente Médio. No início desta sexta-feira (3), o líder do Irã, Ali Khamenei, e o presidente do país, Hassen Rouhani, defenderam que o país deve promover uma “vingança forte” em retaliação à baixa. [1]
Em comunicado, afirmaram que a “partida” do militar “para Deus não termina seu caminho ou sua missão” e que uma “vingança forte aguarda os criminosos que têm o sangue dele e o sangue dos outros mártires na noite passada em suas mãos”.
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Qassem Soleimani era considerado o principal nome militar do Irã. Responsável pela guarda revolucionária do país, coordenava ações estratégicas, secretas e no exterior. Ele foi morto em um bombardeio localizado no aeroporto de Bagdá, no Iraque, dois dias após a embaixada norte-americana naquele país ser atacada. [2]
Em dezembro, as relações entre ambos os países em território iraquiano já haviam aumentado de hostilidade. Mais de 25 soldados ligados à uma milícia iraquiana pró-Irã haviam sido mortos após os Estados Unidos atribuírem a ela a culpa de um ataque anterior a uma base militar norte-americana, como informa o jornal britânico Financial Times.
O Pentágono destacou que a ação contou com o endosso do presidente Donald Trump e que Soleimani “desenvolvia ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque”. [3]
A publicação norte-americana The New York Times destaca que Suleimani “foi o arquiteto de quase todas as operações significativas da inteligência e das forças militares iranianas nas últimas duas décadas” e a sua morte “foi um golpe importante para o Irã em uma época de conflitos geopolíticos”. [4]
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