A tarde desta sexta-feira (10) foi marcada por mais um ato de resistência às pretensões de privatização da equipe econômica do governo Bolsonaro. O palco do protesto foi a Casa da Moeda: segundo relatos dos ocupantes, cerca de 800 funcionários da estatal tomaram sua sede para criticar a sua inclusão no Plano Nacional de Desestatização. [1]
A Casa da Moeda é um dos alvos do secretário de Desestatização, Salim Mattar, o que obrigou seus gestores a fazerem cortes e ajustes para preparar a empresa para ser vendida. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Casa da Moeda do Brasil, Aluízio Junior, afirmou que “o governo retira R$ 1,4 bilhão do faturamento da Casa da Moeda, fazendo com que no primeiro ano depois de 320 anos de existência da empresa, que a Casa da Moeda desse um prejuízo fabricado pelo próprio governo”.
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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) apoiou a manifestação, asseverando que os trabalhadores da Casa da Moeda “se mobilizam para impedir uma privatização que não faz qualquer sentido” e que “Bolsonaro e Paulo Guedes fazem muito mal ao Brasil para satisfazer os amigos milicianos e da máfia financeira internacional”. O estopim do ato teria sido uma entrevista do diretor de gestão da Casa da Moeda, Fabio Rito Barbosa, à Globo News.
Fabio disse que a Casa da Moeda “esse ano beira a um déficit operacional na casa de R$ 100 milhões, mais ajustes contábeis de exercícios anteriores no mesmo valor que talvez cheguem na casa de R$ 200 milhões”. Ele alegou que a estatal tem muitos custos operacionais e inúmeros contratos administrativos já foram reduzidos, mas afirmou que as despesas de pessoal são hoje “o grande ofensor de custos”. [2]
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