O presidente Jair Bolsonaro sancionou neste sábado (18) o orçamento de 2020, mantendo na lei a previsão de R$2 bilhões para o fundo eleitoral, conforme havia sinalizado anteriormente. Ele alegou a apoiadores, no mesmo dia, que, se fizesse o contrário, “estaria atrapalhando a democracia”. [1]
“Com R$ 3,8 bi eu ia vetar, interesse público. Eu tinha argumento para isso. Mas como veio com R$ 2 bi, a proposta é do Tribunal Superior Eleitoral, não é minha”, argumentou o presidente da República. Bolsonaro alegou também que nem sempre sanciona ou veta projetos de acordo com sua própria vontade: “Nós temos que agir com inteligência, de vez em quando recuar. (…) O Brasil não é meu, tem seus poderes”, sustentou.
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As declarações foram feitas durante um evento de coleta de assinaturas para a criação do novo partido de Bolsonaro, o Aliança Pelo Brasil. O presidente não se limitou a se explicar – ele também atacou os críticos de sua decisão. Para ele, os deputados e senadores do partido por que se elegeu, o PSL, estão falando “abobrinha” ao contestar sua escolha e representam uma “falsa direita”. [2]
“A esquerda bater tudo bem. A falsa direita e os isentões já caem de pau. ‘Ele deveria vetar esse fundão’. Eu tenho de cumprir a lei”, esbravejou. Um dos que atacaram a decisão do presidente foi o deputado Vinicius Poit (NOVO-SP): “Quem perde são os 100 milhões de brasileiros sem esgoto e crianças sem acesso a educação. E não venham com mimimi. Votei nele no segundo turno. Votei nele esperando algo diferente. Não votei nele pra aprovar esse absurdo”.
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