A deputada federal Talíria Petrone (PSOL/RJ) gerou indignação entre internautas e liberais ao, na manhã desta terça-feira (21), por ocasião dos 96 anos do falecimento de Lênin, afirmar que o líder da Revolução Russa “pelo exemplo e pelos escritos é eterno”. Grupos como o Livres e personalidades ligadas à entidade relembraram nas redes sociais o passado do revolucionário.[1]
A associação liberal classificou o elogio como um “fetiche da velha esquerda brasileira por ditadores sanguinários” e defendeu que sejam repudiados “com veemência” todo o apreço a ícones autoritários, como Lênin. [2]
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O deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Chicão Bulhões (NOVO), por sua vez, afirmou que “a ética da esquerda é relativa” e classificou Lênin como um “genocida”. “Matou milhões de pessoas, perseguiu opositores, construiu campos de concentração”, disse, chamando ainda a homenagem a ditadores como “algo repulsivo”. [3]
Nesse caminho, também investiu o deputado estadual Daniel José (NOVO/SP), que assim como Bulhões é associado ao Livres. “Parece que, para o PSOL, esse assassino está liberado cultuar”, comentou o parlamentar.
O cientista político Magno Karl, igualmente ligado ao Livres, publicou nas redes uma carta de Lênin datada de 1918 onde o revolucionário ordenava a execução sumária de pessoas.
“Há 96 anos morria Lênin, padroeiro dos cínicos que fingem defender a democracia perfilados com aqueles que a desprezam, que nos oferecem bolo e café nas eleições enquanto homenageiam quem mandou assassinar adversários, que dizem nos proteger do barbarismo homenageando os bárbaros”, pontuou. [4]
Essa não é a primeira vez, contudo, que um parlamentar do PSOL demonstra apoio a figuras controversas no que tange ao zelo pela democracia e pelos direitos humanos. Em dezembro, um vereador da sigla no Rio de Janeiro homenageou o ditador Kim Jong-Un, da Coreia do Norte, com uma Moção de Louvor. Na ocasião, outros membros do partido rechaçaram a homenagem.
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