O Ministério Público Federal denunciou o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, pelos crimes de associação criminosa e interceptação ilegal de comunicações. A peça, informa o site Crusoé, inclui ainda denúncias formais contra presos da Operação Spoofing: Walter Delgatti Neto, Thiago Elizer Martins, Luiz Molição e outras três pessoas em princípio envolvidas no vazamento de mensagens privadas de autoridades do país. [1][2]
No documento assinado pelo procurador Wellington Divino Marques de Oliveira, é sustentado que Glenn “de forma livre, consciente e voluntária, auxiliou, incentivou e orientou, de maneira direta, o grupo criminoso”.
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Além disso, destaca a peça, o jornalista norte-americano agiu “durante a prática delitiva” de forma a ser um “garantidor do grupo, obtendo vantagem financeira com a conduta”.
A denúncia afirma ainda que o jornalista, mesmo tendo “ciência de que a conduta criminosa ainda persistia, manteve contato com os agentes infratores e ainda garantiu que os criminosos seriam por ele protegidos, indicando ações para dificultar as investigações e reduzir a possibilidade de responsabilização penal”.
Contexto
Desde o segundo semestre de 2019, o site The Intercept Brasil, do qual Greenwald é um dos editores, vem divulgando com exclusividade e, depois, em parceria com outros veículos da grande mídia, mensagens vazadas entre autoridades ligadas à Operação Lava Jato. O principal ponto sustentado pelo veículo é que o então juiz Sérgio Moro agiu como um dos acusadores, não como um juiz imparcial, e Deltan Dallagnol e outros membros da força-tarefa da Operação tiveram atuação irregular durante o processo. A série de reportagens recebeu o apelido de “Vaza Jato”.
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