A deputada estadual e jurista Janaina Paschoal (PSL/SP), uma das vozes mais independentes de apoio ao governo, analisou a denúncia do Ministério Público Federal contra o jornalista Glenn Greenwald e compartilhou, nesta quarta-feira (22), uma análise nas redes sociais sobre o assunto. [1]
“Chamou minha atenção o fato de um dos integrantes da organização [criminosa] telefonar para o jornalista para indagar como proceder relativamente ao material que estava sendo acessado. Pelo diálogo, ficou bem evidente que o executor seguia ordens”, pontuou.
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A parlamentar mais votada do Brasil nas eleições de 2018 também destacou que jornalista “passa orientações para fazer parecer que todo o material foi entregue de uma única vez” e “aponta o que deve ser baixado, o que deve ser apagado”.
“O diálogo deixa evidente que o contato ocorreu durante todos os acessos indevidos, [bem] como que o jornalista sabia que o procedimento exigia publicar o material recebido na íntegra. Na linguagem técnico-jurídica, essa consciência sugere o dolo na atuação”, pontuou, destacando ainda que Glenn “sabia que as ações ilícitas estavam em curso e ficou bem claro que ele sabia que estava agindo de maneira inadequada”.
Para a advogada, que foi coautora do pedido que suscitou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, “é muito perigoso jornalistas, sem analisar com calma essa passagem, saírem em defesa de um comportamento que, ao que parece, não pode ser caracterizado como jornalismo”.
Associações formadas por jornalistas como a ABRAJI e a ABI criticaram nesta terça-feira (21) a denúncia contra Glenn. Até o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, classificou a denúncia como uma “ameaça à liberdade de imprensa”.
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