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Ministério da Economia responde a economista que apontou maior aumento de gasto público

Roberto Ellery, que havia integrado equipe de discussão de projetos econômicos para a pasta de Paulo Guedes antes do governo, relatou e comentou a resposta
Roberto Ellery (Foto: Reprodução/Correio Independente)

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Roberto Ellery (Foto: Reprodução/Correio Independente)

O economista Roberto Ellery, que chegou a tomar parte das discussões do projeto econômico de Paulo Guedes antes do início do governo Bolsonaro, fez uma crítica ao governo nesta quinta-feira (30) em seu blog. Para sua surpresa, o Tesouro, órgão do Ministério da Economia, decidiu procurá-lo para apresentar esclarecimentos sobre a crítica.

De acordo com o que Ellery havia publicado inicialmente, os gastos públicos no primeiro ano de governo Bolsonaro tiveram o maior aumento desde o início dos esforços de ajuste fiscal, superando até os gastos de 2015, quando foram reconhecidas as chamadas “pedaladas fiscais” de Dilma Rousseff. O resultado apontaria uma incoerência entre o discurso liberal do ministro da Economia e a prática. [1]

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No entanto, Ellery se manifestou novamente no mesmo dia para relatar que representantes do Tesouro o haviam procurado para esclarecer a questão. “Devo registrar que a preocupação em explicar o ocorrido para um professor que tem um blog com acesso bem menor que o de qualquer jornal ou de influenciadores com espaço permanente na mídia é uma demonstração e tanto de compromisso com ajuste fiscal”, afirmou o economista. [2]

De acordo com Ellery, o aumento da despesa discricionária do governo realmente ocorreu, mas “foi por conta da capitalização da Petrobras de 2010 e da cessão onerosa”, isto é, a divisão dos recursos do petróleo com estados e municípios.

O economista reconheceu que a informação mostra que há “compromisso com o ajuste fiscal” por parte da equipe econômica e que, por essa razão, “faz diferença” ressaltá-la, mas alertou que “para efeitos práticos faz pouca diferença com que foi o gasto”. Ele concluiu dizendo que a pressão pelo ajuste fiscal deve permanecer, sobretudo em ano eleitoral: “o mínimo que posso fazer é continuar sendo chato e neurótico com aumento de gastos e inflação”.

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