O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), ligado ao Movimento Brasil Livre, publicou um artigo nesta sexta-feira (14) na Veja expressando sua visão acerca do posicionamento da direita diante de Jair Bolsonaro. Apesar do tom bastante crítico ao presidente, o parlamentar admitiu que poderá ser necessário apoiá-lo novamente em 2022. [1]
Kim iniciou sua análise afirmando que Bolsonaro foi a solução encontrada após os anos de governo petista, mas que é “uma versão com sinal trocado de Lula”. Para Kataguiri, Bolsonaro desconhece o real conceito de “direita” e nomeou uma equipe liberal para o Ministério da Economia por “puro pragmatismo”, ao mesmo tempo em que alimenta um discurso sectário, persegue adversários políticos e ataca a imprensa.
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Entre as críticas que faz a Bolsonaro, estão a de que o presidente evitou seu comprometimento pessoal com a defesa da reforma da Previdência e não demonstra respeito pelas instituições. Na opinião de Kim, a direita “republicana” precisa prestar atenção ao “projeto extremamente personalista” do governo, que “poderá dar um giro de 180 graus quando quiser”. Seria necessário, na visão do deputado, não “apostar todas as fichas” em Bolsonaro.
Entretanto, ele admite que a polarização “mais superficial e radical possível” alimentada pelo presidente pode levar a uma repetição do cenário de 2018, colocando-o diretamente contra o PT no segundo turno em 2022. Se isso acontecer, Kim já adiantou quem o MBL apoiaria. “Se o cenário de 2018 se repetir, organizações como o MBL serão obrigadas a declarar voto útil no presidente mais uma vez”, porque não há nenhum outro nome viável na direita.
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