Uma das frases mais conhecidas do meio libertário tornou-se chavão de alguns políticos liberais. “Imposto é roubo”, presente em estampas de camisas, adesivos e repetida por 10 em cada 10 palestrantes libertários agora também ilustra até materiais institucionais de parlamentares. Um deles é o deputado federal Gilson Marques (NOVO/SC).
Imposto é roubo – 2
Em seu informativo divulgado em fevereiro, logo na segunda página já aparece a frase em grande destaque acompanhada da foto do parlamentar estilizada. A legenda explica que tratou-se de uma homenagem que sua equipe lhe prestou em abril de 2019 por ter sido “o primeiro deputado federal que teve coragem de dizer a verdade sobre impostos na tribuna do plenário da Câmara”.
Imposto é roubo – 3
O conteúdo do discurso, no entanto, não vai muito no sentido do que boa parte dos libertários costuma defender. No discurso de março de 2019, Gilson critica, na verdade, o retorno dos impostos. Ele diz que “imposto é roubo sim” e que “o contribuinte de Santa Catarina é vítima porque trabalha 5 meses só para pagar imposto e recebe 2,41%, é roubo”.
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Imposto é roubo – 4
Geralmente, libertários enfatizam suas críticas não em decorrência do baixo retorno, mas sim pela forma de cobrança dos tributos, que envolve a obrigatoriedade de pagamento sob risco de, em caso de negativa, haver o uso da violência – a prisão. Daí surge a comparação com o roubo.
Imposto é roubo – 5
O Movimento Brasil Livre, por sua vez, assim com o o Partido Novo, duas organizações relevantes do meio liberal, evitam a repetição dessa máxima. Em agosto de 2019, o movimento que tem em Kim Kataguiri (DEM/SP) como um dos símbolos divulgou um vídeo explicando que, na visão deles, imposto não é roubo.
Imposto é roubo – 6
“O liberalismo político fornece as diretrizes do que devemos tornar o Estado e, por tabela, mostra que há sim um Estado legítimo e não, imposto não é roubo. Podemos falar que impostos no Brasil são elevados, onerosos e abusivos? Sim, podemos. Mas a resposta disso está no próprio liberalismo. É muito sedutor dizer que imposto é roubo. Mas o conhecimento, a verdadeira postura crítica, é a raiz do pensamento liberal. E essa é muito mais sedutora”, diz o vídeo.
Embaixada – 1
O regime de Nicolás Maduro emitiu na última semana um comunicado para todas as embaixadas e organizações internacionais localizadas em Brasília para informar a chegada de uma nova diplomata na representação venezuelana da capital. A ditadura esqueceu, apenas, que seus diplomatas no Brasil já não possuem mais credenciais e, por isso, a notificação é inválida.
Embaixada – 2
Vale ressaltar, ainda, que até hoje o Itamaraty não cumpriu sua parte do acordo em expulsar os diplomatas pró-Maduro da embaixada. Esse havia sido o acordo com a diplomacia ligada a Juan Guaidó.
Juventudes não-oficiais
Na ausência de uma juventude partidária organizada, pipocam nas redes sociais perfis que fazem alusão a “juventudes” do NOVO. Muitos desses perfis são criados por pré-candidatos e não escondem a intenção de promovê-los.
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Pré-candidatos
Aliás, falando em NOVO, começaram a ser divulgados no site oficial os primeiros nomes que já estão na fase final do processo seletivo para vereador nas principais cidades do país. É uma forma de o eleitor ter, desde já, acesso a quem deve disputar pela sigla de João Amoêdo nas eleições municipais.
Carnaval politizado – 1
No primeiro dia de desfiles no Sambódromo do Rio de Janeiro, a Unidos de Vigário Geral terminou seu desfile com uma alegoria em que mostrava um palhaço com faixa presidencial e a mão simulando uma arma de fogo. A referência, claro, era o presidente Bolsonaro. A “lacração”, contudo, teve efeito reverso: foi bastante vaiada pelos populares.
Carnaval politizado – 2
O deputado federal Paulo Ganime (NOVO/RJ), líder da bancada da sigla na Câmara, viu o “fantasma” do comunismo no carnaval de rua do Rio. Não foi, contudo, uma crítica à festa popular. Ele, como folião, cruzou com outro fantasiado de fantasma vermelho com uma foice e o martelo estampado.
Código Penal – 1
Sabe Geanluca Lorenzon, diretor de desburocratização do Ministério da Economia? Nas redes sociais, ele foi enfático de que não existe isso de “município que não aderiu à Lei da Liberdade Econômica”. “[Seria] como dizer que alguém ‘não aderiu ao código penal”, escreveu.
Código Penal – 2
“Nosso Congresso faz leis para serem cumpridas. Ninguém pode ignorar. Denuncie ao Ministério Público! Quem sofre com a burocracia são sempre os empresários mais pobres”, escreveu.
Revista Mises
A revista Mises, periódico acadêmico do Instituto Mises Brasil, um dos principais think tanks pró-liberdade do Brasil, teve 80 mil downloads de artigos em 2019. Em 2020, duas novidades passarão a ocorrer: o recebimento de artigos “preprints” (que ainda podem ser melhorados no futuro) e a “publicação continuada” de artigos nas plataformas digitais tão logo que sejam aceitos e diagramados, sem a necessidade de aguardar a edição impressa.
Pelos empresários
No próximo dia 6 de março, a Associação Comercial do Rio de Janeiro irá assinar um acordo inédito com o Banco do Brasil. A instituição fará renegociação de dívidas de micros, pequenas e médias empresas do estado.
Presídios verticais
Desde o começo do mandato, o governador Wilson Witzel (PSC) defende a construção de presídios verticais. Agora, o sucessor de Pezão viajará com uma comitiva para três cidades americanas: Nova York, Jacksonville e Houston. A ideia é buscar com eles maior experiência na área.
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Fotos: [1] Ilustração do deputado federal Gilson Marques (NOVO/SC) com a frase “Imposto é roubo sim” (Foto: Reprodução/Informativo); [2] Paulo Ganime no carnaval (Foto: Reprodução/Instagram); [3] Helio Beltrão, presidente do IMB, segura revista Mises (Foto: Divulgação)