O presidente Jair Bolsonaro se manifestou nas redes sociais na manhã desta quarta-feira (26) sobre as crescentes críticas que sofreu após, supostamente, ter compartilhado por WhatsApp um vídeo de convocação das manifestações agendadas por apoiadores. Embora não tenha negado o envio do vídeo, o presidente afirmou que trata-se de uma “ilação” sugerir que houve apoio institucional.
“No WhatsApp, tenho algumas poucas dezenas de amigos onde, de forma reservada, trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”, escreveu. [1]
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Críticas
As principais críticas feitas contra o suposto apoio se devem às especulações de que as manifestações teriam um teor crítico ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal.
Ao jornal Folha de S. Paulo, o decano do STF, Celso de Mello, não economizou palavras para criticar Bolsonaro.
Na avaliação dele, caso esteja confirmado que o presidente endossa os atos, Bolsonaro demonstraria “face sombria de um presidente que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de poderes e que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura”. [2]
No início da tarde desta quarta-feira (26), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também se manifestou. Não citando nominalmente Bolsonaro, afirmou que “só a democracia é capaz de absorver sem violência as diferenças da sociedade e unir a Nação pelo diálogo”.
“Acima de tudo e de todos, está o respeito às instituições democráticas. Criar tensão institucional não ajuda o país a evoluir. Somos nós, autoridades, que temos de dar o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional. O Brasil precisa de paz e responsabilidade para progredir”, escreveu. [3]
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