Em outras oportunidades, aconteceu da mesma forma: massas verde-e-amarelas se aglomeravam e, logo depois, manifestações em tons de vermelho respondiam. Os partidos e movimentos de oposição ao governo Bolsonaro começaram a divulgar nesta quarta-feira (26) a intenção de reagir à manifestação a favor do presidente e para pressionar o Legislativo marcada para o próximo dia 15 de março. [1]
Entidades sindicais e frentes de organizações e movimentos como Povo Sem Medo e Brasil Popular agendaram para esta quinta-feira (27) uma reunião para definir um calendário de manifestações. As centrais sindicais divulgaram uma nota alegando que o presidente “ignora a responsabilidade do cargo que ocupa pelo voto e age, deliberadamente, de má-fé, apostando em um golpe”.
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A nota sugere ainda que Jair Bolsonaro pode ter cometido crime de responsabilidade e cobra um posicionamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Uma das datas para manifestações, planejada para ser nacional, está prevista para o dia 18 de março, em que já estava marcada uma paralisação de professores. Os movimentos também devem ir às ruas antes em 8 de março, Dia Mundial da Mulher.
Além disso, outras entidades, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se reunirão com cinco partidos (PT, PSB, PDT, PCdoB e PSOL) na próxima segunda-feira (2). A expectativa dos grupos oposicionistas é trazer novos aliados através da chancela dessas entidades.
O PT e o impeachment
Apesar da mobilização, os grupos oposicionistas se dividem quanto à oportunidade de um processo de impeachment contra Jair Bolsonaro. O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, está diretamente envolvido nas mobilizações, mas não quer pedir o impeachment, segundo a Folha. O motivo é que, embora a legenda acredite que há substância jurídica para uma argumentação favorável, o processo não teria viabilidade. [2]
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