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Olavo de Carvalho diz que pode ser tarde para governo Bolsonaro reagir

O filósofo e jornalista afirmou que o presidente da República não vem seguindo as suas recomendações e que isso pode custar um alto preço
Em jantar em março em Washington, Bolsonaro se encontra com Olavo de Carvalho: filósofo e professor é uma das lideranças conservadoras mais influentes do país - e também do governo (Foto: Reprodução/Twitter)

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Em jantar em março em Washington, Bolsonaro se encontra com Olavo de Carvalho: filósofo e professor é uma das lideranças conservadoras mais influentes do país – e também do governo (Foto: Brazilian Presidency/AFP)

O filósofo e escritor Olavo de Carvalho, considerado um intelectual influente sobre os círculos do governo Bolsonaro e elogiado pelo presidente da República, se manifestou nas redes sociais nesta quarta-feira (18) sobre os últimos acontecimentos. Diante da cobertura da imprensa sobre os “panelaços” contra o presidente, ele disse que o governo pode não ter mais condições de reagir.

“Desde o início do seu mandato, aconselhei ao presidente que desarmasse os seus inimigos ANTES de tentar resolver qualquer “problema nacional”. Ele fez exatamente o oposto. Deu ouvidos a generais  isentistas, dando tempo a que os inimigos se fortalecessem enquanto ele se desgastava em lacrações teatrais. Lamento. Agora talvez seja tarde para reagir”, argumentou Olavo.

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Em maio do ano passado, Olavo já havia feito muitas críticas aos militares no governo, inclusive ao ex-ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz. Ele também vaticinou que, caso ocorresse uma queda do presidente, seria responsabilizado pelos críticos.  No mesmo mês de maio, Olavo havia afirmado jamais ter dado conselhos ao presidente ou interagido com a cúpula do governo.

Em junho, o filósofo recomendou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, investigasse os recursos dos partidos ligados ao Foro de São Paulo, organização que reúne siglas da esquerda latino-americana. Meses depois, disse que os presidentes da Câmara e do Senado “estão contra o Brasil”que é necessária uma militância para apoiar o presidente “até o fim” e que, caso o PT e outros partidos não fossem fechados, o presidente seria derrubado.

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