O deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP), uma das figuras mais conhecidas do meio liberal brasileiro, prometeu nas redes sociais neste domingo (22) protocolizar um projeto para que o transporte por táxis e motoristas de aplicativo para profissionais de saúde sejam “arcados pelo poder público”. [1]
“Agora não é o momento de pensar em ajuste fiscal. Depois de resolvermos o problema da saúde, promovemos os cortes estruturais necessários”, sustentou.
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Apesar de a ideia surgir em tempos de proliferação do coronavírus, pandemia mundial que fez os brasileiros entrarem em quarentena, a medida foi criticada por seguidores.
O Instituto Liberal Paulista (ILISP), por exemplo, afirmou que “nada garante que o Estado pagará o custo depois” e que o projeto representa uma “demagogia sem vergonha”. [2]
A humorista Cris Bernart, conhecida nos meios liberais e conservadores, também discordou do projeto.
“Que ideia mais sem coerência é essa? Os profissionais de saúde têm desempenhado um ótimo papel, somos gratos, mas o Estado não tem que custear transporte de ninguém. Nada é de graça, tu sabes”, reclamou. [3]
Houve, ainda, quem destacasse que a medida poderia incentivar terem mais carros na rua, o que em última análise poderia prejudicar a ideia da quarentena.
Editado às 9h10 do dia 23/03: após a publicação da matéria, Kim Kataguiri manifestou-se no Twitter sobre o projeto e disse que iria retirar a ideia. “Obrigado pelas críticas ao projeto de mobilidade gratuita para profissionais da saúde. Reconheço que seria difícil de operar e de administrar os gastos. Pensei como algo excepcional para a situação de calamidade de saúde, mas errei. Vou retirar, peço desculpas pelo erro”, escreveu. [4]
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