O pronunciamento da noite desta terça-feira (24) do presidente Jair Bolsonaro tem gerado críticas até de então aliados do campo da direita. Um dos que manifestaram indignação com as declarações em cadeia de rádio e TV minimizando a importância do isolamento foi o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que anunciou o rompimento político com Bolsonaro. [1][2]
Em declaração dada na manhã desta quarta-feira (25), o político – que é médico – criticou duramente o presidente e afirmou que em seu estado cabe a ele cuidar da vida dos cidadãos e “calibrar as decisões” que terá que tomar.
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À jornalista Natuza Nery, da Globo News, Caiado afirmou, referindo-se a Bolsonaro, que “não tem mais diálogo com esse homem” e que “as coisas têm que ter um ponto final”. [3]
“As decisões do presidente da República no que diz respeito ao coronavírus não alcançam o Estado de Goiás. As decisões de Goiás serão tomadas por mim e por decisões lavradas pela Organização Mundial da Saúde e pelo corpo técnico do Ministério da Saúde”, disse Caiado, que ameaçou procurar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal para contestar as decisões que forem necessárias.
O governador também criticou duramente a “tese de que teremos um colapso econômico de grandes proporções” e pontuou que o mais importante é “a sobrevivência da economia”.
“No momento em que o mundo pede socorro, se une ao combate contra o coronavírus, [o presidente da República] vem em rede nacional lavar as mãos, responsabilizar outras pessoas por eventual colapso em nosso país. Nós não vamos aceitar isso do presidente. Isso não faz parte da postura de um governante”, escreveu nas redes sociais. [4]
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