O vereador Leandro Lyra, do Rio de Janeiro, anunciou nesta sexta-feira (3) sua nova casa: o Republicanos, antigo PRB, partido do prefeito Marcelo Crivella. Lyra foi o primeiro político eleito pelo NOVO no Rio de Janeiro e um dos quatro em todo o país nas eleições de 2016 – a primeira que a sigla disputou.
“Agradeço enormemente pela acolhida no Republicanos. Estou à disposição para seguirmos trabalhando pelo Rio de Janeiro”, escreveu nas redes sociais, em foto ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, que também foi para a legenda.
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No início de março, como noticiado pelo Boletim da Liberdade, o parlamentar já havia anunciado formalmente sua desfiliação do partido fundado por João Amoêdo – movimento, contudo, que já era esperado.
A relação entre o vereador e o NOVO se deteriorou em meados de 2018. Após as eleições, o parlamentar já não escondia mais a sua desconexão com o NOVO e, inclusive, deixou de usar o laranja em suas redes.
Após um breve flerte com o MBL local, Lyra se aproximou em definitivo do grupo de Carlos Bolsonaro e passou a não economizar em retuítes de lideranças e influenciadores ligados ao bolsonarismo.
Relação com o NOVO
Considerado como um dos principais candidatos do NOVO em 2016 no Rio de Janeiro, Lyra recebeu o apoio de figurões do partido, como o técnico de voleibol Bernardinho, que doou R$ 40 mil para sua campanha, e era indicado para entrevistas com influenciadores, como Rodrigo Constantino. Dono de um currículo invejável, apesar de jovem, Lyra dizia em seus vídeos “que sequer conhecia um político”.
A relação entre o NOVO e o vereador, contudo, se estressou após o parlamentar desejar concorrer como deputado federal nas eleições de 2018, o que poderia interromper seu primeiro mandato.
A atitude não agradou filiados e o diretório nacional, que decidiu vetar a sua candidatura mesmo após aprovado no processo seletivo. Para concorrer mesmo assim, precisou ir à Justiça. Ao fim, ficou em segundo na nominata, com 36.360 votos, com uma diferença de 16.623 votos de Paulo Ganime, hoje líder da bancada na Câmara e que foi o único eleito como deputado federal do partido no Rio.
Em abril de 2018, em um memorando, o vereador também questionou duramente mudanças estatutárias no partido feitas em 2017 e que, àquela altura, encontrava-se em tramitação no TSE.
Para o vereador, mudanças estatutárias estavam ocorrendo “sem a devida publicidade” e que eram destinadas apenas para “a concentração de poder no Diretório Nacional e na figura de seu presidente” – crítica essa recorrente entre ex-filiados da sigla.
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