A Argentina, governada pelo peronista Alberto Fernández, aliado de Cristina Kirchner, está afastada das negociações do Mercosul. A informação foi anunciada pelo próprio bloco nesta sexta-feira (24). [1] [2]
“O anúncio foi feito pela delegação argentina durante a reunião dos coordenadores do Grupo Mercado Comum, feita em videoconferência”, diz o comunicado do Mercosul, seguido por uma declaração do Paraguai, que preside o bloco atualmente, de que os países membros estudarão em conjunto “medidas jurídicas, institucionais e operacionais” para lidar com a decisão argentina.
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Na prática, os argentinos permanecem participando apenas das reuniões relativas ao acordo com a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio. De acordo com a Argentina, o motivo para o afastamento seria a necessidade de “priorizar suas políticas econômicas internas, agravadas com a pandemia do novo coronavírus”, e “isso não será obstáculo para os outros países do bloco continuarem as negociações”.
O comentário no meio diplomático, segundo a Exame, é de que a Argentina está em uma situação financeira tão ruim que sequer consegue pagar o hotel de seus diplomatas para que participem de reuniões em outros países. A crise argentina, que o governo de Maurício Macri já se mostrava incapaz de debelar, ganha um capítulo ainda mais dramático com a paralisia da atividade econômica demandada pela pandemia do coronavírus.
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