Primeiro movimento a pedir publicamente o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o Movimento Brasil Livre defenderá agora o impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). O anúncio foi feito no início da tarde desta segunda-feira (27) pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP), um dos líderes da entidade.
“O MBL considera que é politicamente inviável o governo Bolsonaro. Nenhum plano aprovado pelo governo vai ser levado em frente. A base se esvaiu completamente. A própria direita, agora, se esvaiu completamente justamente por ele não cumprir suas promessas de campanha, cometendo estelionato eleitoral”, disse o parlamentar.
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Kim também adiantou aos presentes que o grupo, assim como fez com Dilma, convocará manifestações – desta vez, “online, para respeitar a quarentena e as medidas de isolamento”.
“Vamos promover no dia 3, domingo, às 12 horas, a hashtag #ForaBolsonaro em todas as redes sociais ao mesmo tempo em que vamos fazer também uma transmissão ao vivo com discursos de parlamentares, formadores de opinião, de figuras políticas, de figuras dentro do movimento artístico, como se fosse um caminhão de som de uma manifestação convencional”, afirmou, explicando que o objetivo será o de pressionar parlamentares e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a acatar o pedido.
“Temos consciência de que, hoje, não temos base política, ou votos suficientes, para aprovar o impeachment do presidente. Principalmente por causa das negociações do presidente com o centrão – o que, aliás, é uma outra quebra de promessa de campanha. […] Essas negociações não são para aprovar nenhum tipo de reforma, ou viabilizar o governo, mas simplesmente para manter o presidente no poder. Não existe mas nenhum tipo de princípio ou valor desse governo, apenas uma tentativa desesperada de sobreviver. Mas quando o MBL começou a pedir impeachment da Dilma, o centrão também tinha muito espaço no governo Dilma”, relembrou o parlamentar.
Crimes de responsabilidade
Para Kim, foram cometidos três crimes de responsabilidade pelo presidente. O advogado Rubinho Nunes, lotado no gabinete do parlamentar, explicou que o primeiro se dá por “atentar contra os direitos civis e individuais”, ao incitar manifestações “em favor do AI-5” que sugerem restrições de direitos individuais e o fechamento do Congresso.
O segundo crime de responsabilidade sustentado pelo MBL é fruto dos “fatos revelados pelo juiz Sérgio Moro”.
“O presidente Jair Bolsonaro praticou crime ao tentar utilizar da função de Presidente da República para interferir na Polícia Federal, nomear um diretor da Polícia Federal para [obter] benefícios ilícitos em seu favor e em favor da sua família”, sustentou o advogado, citando ainda as mensagens vazadas entre Moro e parlamentares ligados à base.
O terceiro crime que o MBL acusa ao presidente é o de falsidade ideológica, pelo fato de o primeiro documento de exoneração do então diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ter “falseado a assinatura do Ministro Sérgio Moro”.
“[Esse comportamento] coloca em risco o processo democrático e a gente pede que o presidente seja imediatamente afastado das funções de presidente da República, principalmente para manter a segurança de todos os brasileiros”, pontuou Rubinho.
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