O presidente Jair Bolsonaro havia dito nesta sexta-feira (8), em tom de ironia, que realizaria um churrasco para até 300o pessoas no Palácio da Alvorada. Neste sábado (9), antes de o próprio presidente deixar claro que o churrasco não acontecerá realmente, o Movimento Brasil Livre entrou com uma ação na justiça contra a sua realização. [1] [2] [3]
O advogado que entrou com a ação em nome do MBL, Tiago Pavinatto, argumentou: “Atuando em seu âmbito pessoal e dentro de sua residência, mesmo sem afrontar a lei vigente, no exercício de seu direito de fazer um churrasco exercido de maneira legítima apenas na aparência, Bolsonaro excede manifestamente os limites impostos pela boa fé, pelos bons costumes e as finalidades sociais e econômicas que podem existir neste ato”.
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A alegação central do MBL é de que, mesmo tendo o direito de realizar o churrasco, Bolsonaro excederia os limites ao fazê-lo para prejudicar as campanhas de prevenção ao coronavírus. Caso realizasse o churrasco, o presidente teria que ser multado em R$ 100 mil, valor revertido em ações de combate à pandemia. Bolsonaro, entretanto, debochou dos jornalistas que consideraram seriamente a afirmação e disse que o MBL “se superou”.
“Alguns jornalistas idiotas criticaram o churrasco FAKE, mas o MBL se superou, entrou com AÇÃO NA JUSTIÇA….”, publicou o presidente da República em seu Twitter. Alguns membros do MBL, como o integrante Ricardo Almeida, alegaram que Bolsonaro negou o churrasco depois da ação e que “não há limites para o ridículo desse cara”. Já o economista e comentarista político Rodrigo Constantino, por exemplo, comentou que o MBL “rasgou de vez a máscara de liberal e mostrou sua faceta autoritária”.
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